Agentes da Polícia Rodoviária Federal do Rio Grande do Sul (PRF-RS) realizaram na manhã desta quarta-feira (15) mais uma manifestação. Em um ato simbólico, eles entregaram os seus distintivos e insígnias e colocaram os cargos de chefia à disposição da direção sindical. A ação foi realizada em frente à Superintendência da PRF, no Bairro Humaitá, Zona Norte de Porto Alegre, como mostra a reportagem do Jornal do Almoço (veja o vídeo).
Segundo o diretor social do Sindicato da Polícia Rodoviária Federal do Rio Grande do Sul (Sinprf-RS), Ugo Fiori, 13 das 14 delegacias (e seus respectivos chefes) aderiram à manifestação, em uma demonstração de união da classe. A categoria agora aguarda um posicionamento de Brasília para definir como ocorrerão os protestos nas rodovias. Eles prometem iniciar a greve a partir desta quinta-feira (16) à tarde, quando se completará o prazo de 72 horas entre a decretação na assembleia e o início da paralisação.
Fiori, no entanto, ressalta que o efetivo seguirá trabalhando. O que mudará será o atendimento dos acidentes apenas com danos materiais, que deixarão de serem acolhidos.
Os agentes reivindicam concurso público para preencher vagas em aberto, melhores condições de trabalho e reestruturação da carreira. A categoria também pretende chamar a atenção para os problemas com a segurança pública. Os policiais rodoviários federais entendem que haverá incapacidade operacional durante grandes eventos que o Brasil vai sediar, como Copa das Confederações, Copa do Mundo e Olimpíada.
Conforme levantamento do Sinprf-RS, o efetivo total da Polícia Rodoviária Federal em todo o país não chega a 9 mil agentes, o menor em 16 anos. No Rio Grande do Sul, são 685 policiais para fiscalizar mais de 6 mil quilômetros de rodovias.