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out/2013

Falta de policiais fecha postos da PRF no Pará

Ainda segundo Flexa Ribeiro, a própria PRF também lamenta a falta de concurso público

A falta de servidores da Polícia Rodoviária Federal nas estradas federais que cortam o Pará vem caindo a cada ano de forma preocupante. Segundo o senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA), o número de policiais é menor que há 17 anos, o efetivo, que em 1996 era de 374 policiais, caiu para os 344. A falta de policiais já levou ao fechamento de seis postos de fiscalização: Itaituba, Redenção, Novo Repartimento, Xinguara, Rio Maria e Bragança.

Falta de fiscalização poderá diminuir a atuação preventiva contra crimes nas rodovias Foto: ORM

De acordo com o parlamentar, que fez pronunciamento sobre o tema nesta quarta-feira (23), no Senado Federal, a falta de fiscalização pode aumentar diversos crimes, como tráfico de drogas e acaba também por diminuir a atuação preventiva contra acidentes de trânsito. “Não havendo uma fiscalização preventiva nas rodovias federais, há possibilidade de aumentar o número de acidentes, muitos deles com perdas de vidas humanas. Então, é preciso que se faça, daqui da tribuna do Senado, um chamamento para que possa haver, efetivamente, uma preocupação do Ministro da Justiça com essa situação da Polícia Rodoviária Federal no Pará”, disse Flexa Ribeiro.

Ainda segundo Flexa Ribeiro, a própria PRF também lamenta a falta de concurso público. Em 2007 houve um concurso público específico para os Estados do Pará e Mato Grosso, com 194 e 146 vagas, respectivamente. Entre julho e setembro de 2009, o Pará recebeu 188 policiais, atingindo, em 2010 um efetivo de 587. No entanto, ao mesmo tempo, iniciou-se um processo de esvaziamento do efetivo no Estado. No mesmo ano, 142 foram removidos, dos quais, 134 para o Estado do Paraná. Esse movimento foi mantido ao longo de 2011 e 2012.

O senador lembrou que a Lei 12855/2013 possibilita o pagamento de gratificação aos policiais em exercício em localidades vinculadas à prevenção, fiscalização e repressão aos delitos fronteiriços. “Esse mecanismo representa uma oportunidade para reduzir o êxodo de servidores que, assim que cumprem seu tempo mínimo legal de permanência na Amazônia, solicitam remoção para outra região”, comentou Flexa Ribeiro.

“Muito nos preocupa, especialmente ao considerar os quase sete mil quilômetros de rodovias federais no Estado do Pará; o crescimento expressivo do número de veículos e; principalmente, a expectativa de um grande incremento do movimento de carga com o estado se consolidando como eixo importante de escoamento da produção agrícola do Centro Oeste. Movimento que deve se intensificar ainda mais com a conclusão das obras na BR 163” disse.

 

Fonte: ORM

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