Na manhã de terça-feira (17/07), o policial rodoviário federal Fernando Luis Sousa Pires, de 31 anos, se afogou durante uma aula de resgate aquático na praia de Intermares, município de Cabedelo/PB. O policial participava do Curso de Operador de Equipamentos Especiais ministrado pelo Departamento de Polícia Rodoviária Federal (DPRF), cujo objetivo é de formar servidores para atuarem como tripulantes operacionais de helicópteros, na realização de resgates em áreas de difícil acesso e policiamento aéreo.
O motivo do incidente ainda é desconhecido. Segundo informações da assessoria de imprensa da Polícia Rodoviária Federal (PRF) no estado da Paraíba, o policial passou mal durante atividades aquáticas programadas para o curso. Os sete instrutores e uma equipe dos bombeiros que estavam no local do incidente, ao perceberem que o policial passava mal, retiraram-no do mar e realizaram os primeiros socorros. Chegando a praia o policial foi removido de helicóptero para o Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa, sendo internado após parada cardíaca.
Assim que tomou conhecimento do fato, a Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais (FenaPRF) busca entender os motivos que deram causa ao incidente. O presidente Pedro Cavalcanti, que vai na próxima semana para João Pessoa/PB, a fim de conversar com os policiais envolvidos no curso, declarou à Agência FenaPRF que um fato desta natureza causa grande desconforto na categoria. “A finalidade da atividade policial é salvar vidas, mas para isso, a vida do policial tem sempre que estar preservada e garantida, principalmente durante os treinamentos”, ressaltou.
Cavalcanti também informou que na tarde de ontem (19/07), em visita ao DPRF, conversou com a coordenadora de Ensino, Geovana Alves. “Constatamos que a coordenadora adotou todos os procedimentos administrativos necessários. As apurações já estão em andamento, cabe ao sistema sindical acompanhá-las e isso, é nossa obrigação”, concluiu Cavalcanti.
Agora há pouco, por telefone, a coordenadora Geovana Alves informou à Agência FenaPRF que esteve em João Pessoa logo após o ocorrido. Com o intuito de auxiliar e acompanhar as investigações conversou com todos os policais envolvidos no curso (alunos e instrutores), e, em virtude do incidente, as atividades do Curso de Operador de Equipamentos Especiais foram suspensas até uma manifestação da corregedoria-geral do DPRF que investiga as circunstâncias que deram causa ao fato.
Geovana disse ainda que o DPRF está prestando o auxílio necessário aos familiares do policial Fernando Pires, parentes e noiva, que se deslocaram de Curitiba/PR para acompanharem a evolução de seu estado clínico que, de acordo com o último boletim , continua estável, porém, ainda necessita de muita atenção da equipe médica. “Todas as medidas estão sendo adotadas, desde o socorro até o apoio a família. Nossa principal preocupação nesse instante é com a recuperação do nosso policial, só estamos aguardando autorização médica para removê-lo para onde a família desejar”, declarou a coordenadora.
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