A Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais deu mais um passo nesta quinta-feira, 20, nas negociações com o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Durante toda a manhã, representantes da categoria, do DPRF e técnicos do Planejamento discutiram o subsídio dos policiais rodoviários federais. Os policiais fizeram uma apresentação sobre o tema onde destacaram a importância do restabelecimento das vantagens suprimidas dos ativos, inativos e pensionistas, com o advento da MP 305/2006, que criou o regime de remuneração por meio do subsidio.
Logo na abertura da reunião o presidente da FenaPRF, Pedro Cavalcanti, destacou a importância do diálogo com o Planejamento. Segundo ele, a categoria aguarda com ansiedade os desdobramentos das negociações com o governo.
SUBSÍDIO – Na apresentação a Comissão Nacional de Negociação da FenaPRF , representada pelos policiais França, Tiago Arruda ressaltaram que não há conflito entre o pagamento de subsídio e de adicionais aos policiais. Com contribuição do advogado João Arseno, demostraram que não há vedações constitucionais, legais, tampouco doutrinárias ao pagamento.
Os Dirigentes sindicais ressaltaram que tais retiradas provocaram instabilidade no seio da categoria, tornando-se ainda mais precários os serviços oferecidos à população. Conforme relato das lideranças, em muitos postos há deficiência grave de efetivo. “O policial rodoviário federal tem hora para entrar em serviço, mas não tem hora para sair, necessitando, por vezes estender a jornada de trabalho para dar continuidades às ações em decorrências de acidentes de trânsito, prisões, orientações de trânsito”, afirmou o presidente da FenaPRF, Cavalcanti.
A Diretora do Departamento de Relações do Trabalho, Marcela Tapajós, reiterou a importância do diálogo com os policiais e também da construção de propostas conjuntas para a categoria. Ela confirmou a realização da oficina para o dia 10/11 e uma reunião avaliativa para 30 de novembro onde serão tratadas as soluções referentes ao subsídio, carreira e outros temas.
A Diretoria Executiva avaliou positivamente a reunião, porém, para que as demais sigam o seu curso normal se faz necessário que a categoria mantenha o nível de mobilização já aprovado pela maioria das Assembleias Gerais realizadas nos sindicatos regionais.