Na última quarta-feira (11), representantes da FenaPRF e do SinPRF/SC se reuniram com o Diretor-Geral da Polícia Rodoviária Federal, Adriano Furtado, para tratar de um assunto sensível e ameaçador à toda a categoria: a saúde mental do servidor policial.
A atividade policial, sobretudo no Brasil, possui altíssimo índice de estresse, como já apontado em estudo realizado pela Fundação Getúlio Vargas, no ano de 2017, sobre a expectativa e qualidade de vida do policial brasileiro, encomendado pela FenaPRF, em conjunto com a Fenapef e o Sinpol/DF.
Diante das recentes e repetitivas tragédias que têm vitimado PRFs na luta contra depressão, a mais recente delas, ocorrida em Santa Catarina, o sistema sindical voltou a alertar a administração da PRF para a urgente necessidade de se desenvolver uma política de atenção permanente à saúde mental do servidor no âmbito do DPRF.
Deolindo Carniel, presidente da FenaPRF, ressaltou que este é um tema que une a todos. “O sistema sindical dos PRFs, a administração do órgão e todos os servidores precisam enfrentar de frente essa luta, que é a luta pela vida. Precisamos trabalhar juntos para que não percamos mais nenhum colega policial para a depressão”, pontuou.
O presidente do SinPRF/SC, Gerson Manoel, também alertou ao diretor geral a necessidade de se buscar humanizar as relações entre gestores e policiais. “O policial precisa ser visto muito além dos números que produz ou deve produzir para o departamento e para a sociedade. Somos todos humanos, passíveis de falhas e sujeitos a uma grande pressão social em razão da atividade que desempenhamos. É preciso capacitar os chefes no quesito gestão de pessoas, para que esta premissa seja sempre respeitada.”
Além de Carniel, participaram da reunião o vice-presidente da FenaPRF, Dovercino Neto; o coordenador de relação institucionais, Paulo Sergio; o diretor de comunicação Raphael Casotti; Gerson Manoel, presidente do SinPRF/SC e os diretores Alexandre Gonçalves, Roberta Ferreira e Romeu da Rosa, também do SinPRF/SC.