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ago/2012

Governo levou quase dois anos para apresentar uma proposta aos PRFs

"Sempre fomos bastante francos e dissemos que estávamos no limite" | Foto: Fabiano Viana

Representantes do Sistema Sindical dos policiais rodoviários federais (FenaPRF e SINPRFs) estiveram reunidos na tarde desta quinta-feira (23/08), com representantes do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG), Departamento de Polícia Rodoviária Federal (DPRF) e Ministério da Justiça para receberem a proposta do governo referente à pauta colocada pela categoria há mais de um ano.

O secretário das Relações de Trabalho do MPOG, Sérgio Mendonça, falou da situação do governo e apresentou a proposta à FenaPRF. Recebida e debatida, os representantes decidiram realizar reuniões para estudar o caso. Uma nova reunião com o Governo foi marcada para a próxima segunda-feira (27/08). Persiste a preocupação com o prazo legal para alterações no projeto da Lei Orçamentária Anual (LOA), que é 31 de agosto. Data limite para o projeto ser enviado ao Congresso Nacional.

Mendonça ainda disse sobre a generalização das greves em todo o Brasil. “Não tenho nenhum problema em dizer que os governos, no plural, funcionam sob pressão. A pressão da sociedade é uma pressão legítima. Isso não é demérito nenhum, é uma virtude dos governos democráticos”, afirmou.

Já o presidente da FenaPRF, Pedro Cavalcanti, lembrou conversas anteriores com a Mesa e destacou a postura dos policiais rodoviários federais, que mesmo em greve, não descumpriram a lei em momento algum. “Sempre fomos bastante francos e dissemos que estávamos no limite. Não era blefe, estávamos mesmo, tanto é que culminou com a primeira greve geral da categoria. Tudo foi e continuará dentro da legalidade. Nossa mobilização está sendo feita em todo o país, que tem tamanho continental e não tivemos nenhum incidente”, disse Cavalcanti.

“A diferença do tratamento do Governo Federal ao longo dos anos com a categoria foi o que nos mobilizou. Nosso caso é totalmente atípico. Estamos enquadrados como carreira de Estado, mas o tratamento não é o mesmo”, disse Frederico França, que integra a Comissão de Negociação da FenaPRF.


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