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ago/2012

Greve leva chefes da PRF a colocar cargos à disposição

Decisão foi tomada em ato simbólico devido a greve nacional da categoria

Em ato simbólico, os policias rodoviários federais do Amapá se uniram às reinvidicações nacionais e entregaram seus distintivos, uniformes e deixaram seus cargos à disposição, como forma de manifesto.

A entrega aconteceu no posto da Policia Rodoviária Federal (PRF), localizado no KM-09 da BR-156, por volta das 10h de ontem. Com a ação, apenas 30% dos servidores manterão as atividades normalmente, até que a categoria consiga uma reunião com o Governo Federal.

Ainda conforme os sindicalistas, os agentes não vão fazer nenhuma mobilização ou fechamento das estradas. “Temos uma liminar na Justiça que determina que não efetuemos a chamada operação padrão. Em decorrência dessa liminar, não faremos nenhum tipo de protesto”, garantiu.

Representantes dos servidores federais devem participar de uma reunião na próxima quinta-feira (23) no Ministério do Planejamento, em Brasília. “Vamos aguardar essa reunião para saber quais rumos a greve vai tomar”, pontuou.

Reivindicações
Entre os pedidos feitos pela categoria estão a valorização da carreira, reestruturação do Departamento da PRF, além de novas contratações. No Amapá, segundo o Inspetor Paulo Afonso, a situação mais agravante está relacionada ao efetivo. “Temos um número pequeno de policiais para atender todo o estado. O mínimo necessário para atendermos todos os pontos seria, pelo menos, o dobro”, afirmou.

Dentre outras reivindicações, o movimento nacional pede reajuste salarial, reconhecimento do nível superior para o cargo de PRF, pagamento de adicional noturno e insalubridade e reestruturação da carreira. Segundo a federação, a defasagem chega a 4 mil policiais no país.

A paralisação nacional não tem previsão para terminar, segundo o sindicato dos servidores. Nesta quinta-feira (23) o governo federal deve apresentar uma proposta. Caso a categoria aceite as propostas, a greve dos servidores será encerrada.

A adesão dos estados está ocorrendo de forma progressiva, já que alguns sindicatos ainda devem cumprir determinados ritos legais. Por isso, São Paulo e Rio Grande do Norte preveem que seus policiais parem apenas na próxima sexta-feira, 24.

Fonte: Jornal do Dia

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