Os servidores da Polícia Rodoviária Federal (PRF) lotados no 1º Distrito Regional de Polícia Rodoviária Federal no Distrito Federal (1º DRPRF/DF), nesta quarta-feira (27/2), foram mais uma vez, surpreendidos pela substituição repentina do Chefe do 1º Distrito. Esta situação já ficou recorrente nesta repartição pública, uma vez que se trata da quinta nomeação (e exoneração) em apenas 24 meses. Em média, a cada 5 meses troca-se o Chefe do 1º Distrito – cargo comissionado, de livre nomeação, cuja responsabilidade direta e objetiva pela nomeação recai sobre o dirigente máximo do Departamento de Polícia Rodoviária Federal (DPRF).
Considerando as sucessivas e repentinas trocas, conclui-se que as nomeações para essa função no Distrito Federal têm sido feitas em total descompasso com os princípios da gestão participativa, princípio somente “pregado” pela direção do DPRF, e sem transparência nos critérios de nomeação.
Considerando os princípios da Administração Pública, elencados na Constituição Federal, e aos quais todo servidor deve prezar e a eles se sujeitar, fica a seguinte indagação: o que poderia justificar a nomeação de uma pessoa para permanecer na função por apenas 5 meses, seria apenas para fazer o levantamento dos problemas para repassá-los ao sucessor? A resposta verdadeira somente a direção do DPRF é quem deve saber, ou não!
Os servidores do 1º Distrito tem percebido que troca-se a figura do chefe, mas os problemas persistem e cada vez se agravam ainda mais. Há aproximadamente dez anos, o 1º Distrito tem sido um laboratório de experimentos desagradáveis para seus servidores. Os ensaios realizados nunca condizem com os anseios, as expectativas por melhorias nas condições de trabalho dos servidores que compõem a Regional. A motivação cada vez mais é reduzida por aqueles cujo papel é desenvolver o potencial humano do servidor público.
Nesta linha de raciocínio, o 1º Distrito já foi laboratório de privilégios, mal feitos, ociosidade, politicagem, de ações duvidosas da corregedoria, mas nunca foi laboratório de empreendedorismo, eficiência e seriedade administrativa. As instalações físicas e as condições de trabalho na Regional beiram o absurdo, seja na Sede ou nos Postos de Fiscalização, gerando desânimo e desmotivação no efetivo, sem considerar os prejuízos ao erário público.
A despeito da ultima nomeação, a surpresa foi maior por se tratar de um indicado sem o perfil necessário, porém, com um histórico de conflitos e declarações polêmicas envolvendo o efetivo do 1º Distrito. Além disso, trata-se de uns dos fundadores do Sindicato Nacional dos Inspetores da Polícia Rodoviária Federal do Brasil (Siniprf-Brasil), em cuja lista figura na posição 77. Um sindicato oportunista que vai de encontro aos sindicatos que histórica e verdadeiramente representam a categoria em todo o país. Na opinião da esmagadora maioria dos policiais rodoviários federais este Siniprf-Brasil foi criado tão somente com o objetivo de dividir a categoria. O que vemos hoje é que um de seus fundadores foi nomeado para comandar o mesmo efetivo, cuja entidade, fundada com a sua participação, tentou dividir. Antes desta nomeação, já tinha ocupado outra função comissionada na Corregedoria Geral do DPRF, portanto, percebe-se que sua experiência e conhecimentos não se relacionam com as atividades necessárias ao perfil de uma gestor público. Enquanto era chefe de uma Divisão na Corregedoria do DPRF, sempre atuou em defesa da malfadada Portaria 30 – ato administrativo que obrigava o policial a coletar dados e informações pessoais de todos os cidadãos abordados. Diferentemente de alguns chefes anteriores, este novo nomeado não tem identidade e tão pouco afinidade com a Regional. Portanto, desconhece os gravíssimos problemas que assolam o 1º Distrito, e por isso, vai levar muito tempo para ficar a par da situação, o que pode postergar soluções imediatas e inadiáveis.
Mesmo diante das várias manifestações contrárias que chegaram ao conhecimento desta Diretoria, o SINPRF/DF deseja muito que o mais novo Chefe, realize uma gestão de sucesso. Porém, ao contrário da inércia da direção do DPRF, não nos furtaremos da tarefa de fiscalizar e acompanhar a sua gestão, cobrando melhorias de trabalho e condições de dignidade para os servidores do 1º Distrito.
No cumprimento de nossa missão, enquanto representantes classistas, quaisquer tipos de mazelas ou descasos praticados contra integrantes da nossa categoria, serão representados aos órgãos competentes e também denunciados à sociedade. Para isso, recorreremos a todos os instrumentos e meios disponíveis à atividade sindical. Sempre estaremos atentos a atos ou atitudes administrativas que venham ferir ou ameaçar os direitos e garantias do servidor público federal: Policial Rodoviário Federal.
Fonte: SINPRF/DF