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ago/2014

Imprensa continua criticando o Governo Federal pela demora na nomeação de novos policiais rodoviários federais

Foto: Arquivo FenaPRF

Há mais de dois meses, o Governo Federal trata com descaso a situação de mais de mil aprovados no último concurso para o cargo de Policial Rodoviário Federal. Os candidatos já realizaram todas as etapas, inclusive o Curso de Formação Profissional (CFP) – última etapa do concurso – que aconteceu em Santa Catarina e foi encerrado no dia 23 de maio. Os novos policiais deveriam ser aproveitados já na Operação da Copa do Mundo, mas ainda aguardam pela nomeação. O processo está engavetado no Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG).

Para realizar os CFP, os futuros PRFs tiveram que pedir demissão de seus antigos empregos, pois a formação durou 3 meses. E, por causa dessa demora do governo em nomeá-los, muitos enfrentam dificuldades para sustentar suas famílias. A situação se agrava se levarmos em conta o déficit de Policiais Rodoviários Federais em todo o País. Situação que começa a chamar a atenção e ganhar destaque também na imprensa por causa dos prejuízos gerados à sociedade.

Em comentário para a Rádio Independente, de Lajeado, no Rio Grande do Sul, o jornalista Alexandre Garcia, da TV Globo, criticou o Governo Federal pela demora na nomeação dos aprovados. Alexandre Garcia citou como exemplo um acidente que ocorreu próximo a Joaçaba, em Santa Catarina, na BR-282, no qual um motorista capotou o carro e mesmo assim continuava a abrir latas de cerveja. Os bombeiros tiveram que amarrar o motorista em uma maca e pediram o apoio da Polícia Rodoviária Federal, mas, segundo o jornalista, os policiais não puderam comparecer ao local e os próprios bombeiros encaminharam o motorista para a delegacia.

O chefe da PRF em Joaçaba negou, por meio de nota à imprensa, omissão. Afirmou que os policiais não foram até o local porque estavam atendendo outra ocorrência. Para Alexandre Garcia, a situação demonstra claramente que a Polícia Rodoviária Federal está desfalcada. “Cerca de 2 mil policiais vão se aposentar neste ano. Existem mais de 950 concursados, gente que já fez três meses de treinamento, está aguardando nomeação, mas o processo está engavetado pela Ministra do Planejamento” disse.

FenaPRF na luta

A Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais (FenaPRF) sempre criticou o baixo efetivo da PRF. O efetivo da PRF é tão pequeno que muitos Postos de Fiscalização estão sendo fechados em todo o país. “Baixo efetivo e fechamento de postos prejudicam o cidadão e os motoristas que circulam diariamente pelas rodovias, pois deixam de receber atendimento adequado da Polícia Rodoviária Federal”, reclamou Pedro Cavalcanti, presidente da FenaPRF.

Cavalcanti também disse que a Federação e seus Sindicatos filiados estão na luta pela nomeação dos 950 aprovados e ainda pela autorização do governo para o aproveitamento do cadastro de reserva do último concurso, que conta com 766 candidatos aptos à formação profissional.

Para a FenaPRF a demora na nomeação e tão gritante que, nesta terça-feira (05/08), o deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS), fez chegar ao Palácio do Planalto sua preocupação com a situação dos 950 aprovados no concurso da Polícia Rodoviária Federal. Pimenta ressaltou que muitos largaram seus empregos para poder fazer o curso de formação, que ocorreu em Santa Catarina. Entretanto, desde que o curso de formação encerrou, os aprovados estão sem previsão de serem nomeados. Pimenta classificou a situação como “grave”, e cobra uma resposta do Governo Federal para o caso, que já caminha para 3 meses sem qualquer manifestação que possa “tranquilizar” os aprovados.


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