Estamos em uma crescente desvalorização do policial brasileiro. Dentro desta realidade, a Polícia Rodoviária Federal, que possui estrutura horizontalizada e é a polícia que mais apreende drogas no Brasil, sofre com a falta de concursos, investimentos e até de condições mínimas de trabalho.
A sociedade brasileira e a imprensa começaram a se atentar para a realidade das polícias brasileiras. Com o número assustador de 542 policiais mortos em 2017, a atividade de defender a lei agoniza, e nessa realidade a Globo News fez uma ótima reportagem denunciando a falta de policiais rodoviários federais. A reportagem alerta para o fato de termos o mesmo efetivo de 1994. O Departamento de Polícia Rodoviária Federal tem apenas pouco mais de dez mil policiais para fazer a segurança e prevenir acidentes na grande maioria dos trechos de rodovias federais no território nacional.
O déficit do número ideal de policiais chega a oito mil homens e mulheres. Esse dado está em uma recomendação do Tribunal de Contas da União (TCU), o qual a FenaPRF se baseia para lutar por um efetivo justo e que atenda de forma mais eficiente às necessidades da sociedade brasileira nas rodovias federais.
Na contramão de tudo isso, temos uma previsão assustadora: se todos os policiais que têm condições legais se aposentarem esse ano, o número de PRFs diminuirá ainda mais, com menos dois mil policiais rodoviários federais. Em contrapartida, o Governo Federal anunciou concurso para 2018 de apenas 500 vagas, o que passa longe de resolver o problema.
Clique aqui e veja reportagem completa feita pela Globo News.