Ao contrário da Câmara, o cenário para a escolha de quem irá comandar o Senado nos dois próximos anos não está encaminhado. Por lá, a Presidência também deve ficar nas mãos do PMDB, mas a disputa interna está acirrada. Em princípio, a prerrogativa de indicação do nome é de Renan Calheiros (AL), líder do partido, que já presidiu a Casa. A decisão deve ter o aval do atual presidente, José Sarney (PMDB-MA), e de Romero Jucá (RR), que deixou a liderança do governo em março. O trio de caciques ainda não apontou publicamente um preferido, mas, nos bastidores, o próprio Renan manifesta vontade de voltar.
O Planalto sinalizou ter preferência por Edison Lobão (MA), licenciado do Senado desde que assumiu o Ministério de Minas e Energia, em fevereiro de 2011. A ideia irritou de início alguns peemedebistas, que não querem ver o governo interferindo na escolha. O corregedor da Casa, Vital do Rêgo (PMDB-PB), chegou a ameaçar lançar-se candidato para enfraquecer Lobão. A saída foi nomeá-lo presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) mista do Cachoeira, o que lhe daria capital político e visibilidade e o tiraria da disputa pela Presidência.
Outro nome é o do presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Eunício Oliveira (CE). A opção é apontada por muitos como a mais pacífica, já que agradaria a boa parte da cúpula do partido e atenderia à preocupação da presidente, que quer evitar o retorno de Renan.
Fonte: Correio Braziliense