Na última quarta-feira (28), o ministro da segurança pública, Raul Jungmann, prometeu que haverá, ainda em 2018, um concurso público para 500 cargos de policiais rodoviários federais, além de outros 500 para a Polícia Federal. Tal pronunciamento ocorreu em sua primeira entrevista à frente da pasta.
Ainda que seja uma boa notícia para o quadro da PRF, o número é muito inferior às necessidades do Departamento da Polícia Rodoviária Federal (DPRF). O próprio ministro, durante a entrevista, assumiu que o número sugerido é insuficiente diante da demanda, mas afirmou que se trata de “um primeiro passo”.
Outro ponto abordado por Jungmann é quanto ao plantão voluntário, que também serve como uma alternativa inicial para a categoria. Os policiais serão convidados a trabalharem em períodos em que estariam de folga, em troca de um complemento salarial. “O Governo vai comprar um tempo da folga, o que vai permitir 2 mil policiais a mais patrulhando as rodovias”, destacou.
Em agosto de 2017, o DPRF fez uma solicitação de 2778 vagas. Com o número de 500 vagas autorizadas e as 2 mil vagas do plantão voluntário, haveria uma equiparação com o pedido ao Planejamento no ano passado. Ainda assim, o número é inferior em 278 vagas.
Hoje, a PRF conta com 27 superintendências regionais, 147 delegacias regionais e 427 postos. O efetivo em lei, ou seja, quantos PRFs poderiam estar na ativa, é de 13.098 cargos. O número ideal, segundo o Tribunal de Contas da União, é de 18.172 cargos.
O efetivo real, contudo, é de 10.158 vagas, números apresentados pelo DPRF em 1º de fevereiro. Ou seja, nos últimos seis meses, desde o envio para o Planejamento, 162 cargos ficaram vagos, número que deve aumentar ainda mais, devido aos aptos para aposentadoria até dezembro de 2018, que são de 2053 vagas. Segundo o TCU, o déficit atual é de 8014 vagas.