Agentes da PF e da PRF fiscalizaram veículos na Ponte Rio-Niterói. Em Foz do Iguaçu, cerca de 1,8 mil caminhões estão parados, esperando a liberação das cargas.
Policiais rodoviários federais começaram no início da tarde desta quarta-feira (8) um protesto que interrompeu o trânsito na ponte Rio-Niterói. Os agentes montaram uma blitz depois do pedágio e pararam carros e caminhões.
A mobilização dos funcionários públicos federais causou transtornos também na fronteira do Brasil com o Paraguai. A situação ficou complicada especialmente na Ponte da Amizade.
Quem queria sair do Brasil em direção ao Paraguai ficou parado por causa da operação padrão da Polícia Rodoviária Federal. Quem cruzou a fronteira no sentido contrário, passou pela operação da Polícia Federal, que também fez revista rigorosa em pessoas, carros e motos.
Nos arredores da estação aduaneira, cerca de 1.800 caminhões ficaram parados. Os caminhoneiros precisam da liberação das cargas para seguir viagem, mas enfrentam as greves da Receita Federal, da Anvisa e dos fiscais do Ministério da Agricultra.
Os policiais rodoviários federais interromperam parte do trânsito na Via Dutra, a ligação de São Paulo com o Rio de Janeiro. Os congestionamentos afetam também estradas na Bahia e em Minas Gerais.
Segundo a Federação Nacional dos Policiais Rodoviários, a fiscalização mais rigorosa nas estradas faz parte do protesto da categoria por aumento salarial e reestruturação da carreira, melhoria nas condições de trabalho e contratação de mais funcionários. “Nós temos postos hoje que estão fechando Brasil afora, por falta de efetivo”,, declara Orival Batista Aguilar Filho, Federação Nacional dos Policiais Rodoviários- SP.
O movimento dos policiais federais afeta principalmente a emissão de passaportes, mas a paralisação é diferente em cada região do país. Em São Paulo, agentes e escrivãs ficaram do lado de fora do prédio e protestam em frente à sede. O processo de emissão de passaportes não está prejudicado, porque é feito por funcionários terceirizados.
No Recife, o comando de greve faz uma triagem para emitir o documento. Quem tem passagem comprada ou precisa do passaporte de emergência tem prioridade no atendimento. Setenta por cento dos servidores da Polícia Federal no Maranhão estão parados. Funcionam apenas os serviços de plantão.
Em Curitiba, todo o serviço de emissão de passaportes foi paralisado e os policiais só fazem a segurança dos prédios federais do Paraná. Nesta manhã os policiais fizeram uma fila para devolver as armas que usam no trabalho.