A gravidade dos ataques a ônibus, delegacias, aos postos de polícia e as residências de policiais em Santa Catarina motivou o Ministério da Justiça a colocar efetivos da Força Nacional à disposição do governo do estado. Partiu da secretária nacional de Segurança Pública, Regina Miki, a iniciativa de ligar, ontem (29) a tarde, para o secretário estadual de segurança pública, César Grubba, e lembrar que a tropa especial está ao dispor das unidades da federação que julguem necessário o reforço especial para atender a situações emergenciais de segurança pública.
Segundo a assessoria da secretaria estadual, o governo de Santa Catarina considera que a situação está sob controle e que, por ora, não é necessária a presença da Força Nacional – composta por policiais e bombeiros de todos os estados, que recebem treinamento especial e que já atuaram no estado durante a onda de ataques criminosos de 2012. Ao agradecer a oferta, César Grubba deixou claro que o governo catarinense não se furtará a pedir o apoio federal caso julgue necessário.
Desde que a onda de ataques começou, na última sexta-feira (26), ao menos 11 ônibus e um micro-ônibus foram incendiados; um agente penitenciário foi morto; quatro bases da Polícia Militar e a casa de dois policiais foram alvo de disparos. As autoridades policiais investigam se há ligação entre todos os casos.
A principal linha de investigação aponta para a hipótese de que integrantes de duas facções criminosas que disputam o poder no estado estejam agindo de forma a demonstrar força e, assim, conquistar poder. Ontem a tarde, após se reunir com o governador em exercício, Nelson Schaefer, e com integrantes da cúpula da segurança pública estadual, o secretário estadual César Grubba mencionou a jornalistas a hipótese de os ataques seriam uma resposta às ações policiais de repressão e combate ao tráfico de drogas, principalmente na capital.
Grubba garantiu que o governo estadual está tomando as providências necessárias para conter a ação criminosa e punir os responsáveis. E anunciou que as policias Civil e Militar intensificarão a atuação em pontos críticos, fazendo inclusive a escolta dos ônibus que circulam pela Grande Florianópolis. Seis ônibus foram incendiados e duas bases e uma viatura da PM foram atacadas essa madrugada, após o anúncio – feito depois do governo estadual ter decidido não solicitar a presença da Força Nacional.
Fonte: Agência Brasil