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out/2015

PB: PF e PRF prendem várias pessoas envolvidas em crime na cidade de Patos

Uma operação deflagrada na manhã desta sexta-feira (16) em João Pessoa, Campina Grande e Patos tem o objetivo de desarticular uma quadrilha especializada em fraudar licitações em diversas prefeituras paraibanas. Segundo informações preliminares, é estimado em cerca de R$ 21 milhões de recursos federais o desvio de recursos, cuja ação criminosa vinha sendo desenvolvida a pelos menos dez anos.

Batizada de “Dom Bosco”, a investigação tem uma parceria do Ministério Público Federal, Ministério Público Estadual, Controladoria Geral da União e a PRF – Polícia Rodoviária Federal. A operação está sendo realizada desde as cinco horas da manhã de hoje, com o objetivo de cumprir 14 mandados de busca e apreensão e quatro de condução.

Ainda na manhã de hoje, uma entrevista coletiva para divulgar o balanço da operação está marcada, ocasião em que será disponibilizado a imprensa o conteúdo do material apreendido nesta manhã. A ação criminosa atuou até 2013.

Segundo o Portal Patosonline a operação prendeu várias pessoas ligadas a Prefeitura Municipal de Patos por atos criminosos envolvendo desvios do dinheiro público.

De acordo com as primeiras informações, dos 14 mandados expedidos até o momento teriam sido encaminhados de forma coercitiva para esclarecimentos, o ex-secretário de administração da Prefeitura Municipal de Patos, Corsino Peixoto, a secretária de Assistência Social e irmã do deputado Nabor Wanderley, Helena Wanderley. Policiais estiveram no apartamento da família de Bosco da Livraria. A operação foi deflagrada em Patos, Campina e João Pessoa.

Viaturas e agentes federais estiveram na sede da Prefeitura Municipal de Patos onde recolheram documentos. A ação chamou a atenção de pedestres das imediações que presenciaram a ação.

A ação pode ter descoberto o desvio de mais de R$ 8.000.000,00 dos cofres públicos por atos ilícitos envolvendo compras fantasmas, falsificação e outros crimes. As investigaçoes teriam começado desde 2012. As empresas citadas na operação são: Papelaria Patoense, Mix Mercadinho, Livraria Dom Bosco, além da empresa AMPLA, pertencente a Alexandre, filho de Bosco da Livraia (em memória).

As investigações estavam sendo comandadas pelo Ministério Público Federal (MPF) que pediu prisão dos envolvidos com base nas evidencias e farta documentação.

A operação ainda continua e essas foram às primeiras informações chegadas a redação do Patosonline.com. Em Nota, Prefeitura de Patos desmente ser foco de operação e prisão de servidores Municipais:

A Prefeitura Municipal de Patos vem por meio desta informar a imprensa e a opinião pública que não há servidores, prestadores de serviço ou cargos de confiança da instituição ‘presos’ conforme precipita informações de matéria publicada no Portal de Notícias PatosOnline.com, na manhã desta sexta-feira, 16 de Outubro.

A Prefeitura Municipal de Patos está fornecendo toda e qualquer informação, documentação e arquivos necessários, desde que foi acionada por órgãos de controle, por ter sido uma das instituições da região fornecida pelas empresas patoenses, sob quem a operação foi deflagrada. Tal operação não está acontecendo apenas na cidade de Patos, mas, em outras cidades da região.

É inverídica a informação de que a secretária de Desenvolvimento Social, Helena Wanderley, foi presa ou qualquer outro servidor da instituição. A mesma foi conduzida para prestar esclarecimentos, assim como outras informações estão sendo esclarecidas em outros setores da Prefeitura, que eram abastecidos com material de expediente ou gráfico, advindo das empresas patoenses, cuja operação foi deflagrada.

Ao mesmo tempo em que lamenta a ausência da completa apuração na prática jornalística, a Prefeitura Municipal de Patos esclarece que o foco da operação não é a instituição, mas, empresas patoenses que foram fornecedoras da instituição e de outras instituições de Municípios vizinhos. Sob a condição da verdade, reiteramos a nossa disponibilidade e compromisso quanto a transparência e prestação de informações públicas a imprensa, a sociedade e aos órgãos de controle.

Fonte: PB Agora

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