29

mar/2012

PF, PRF e Receita fazem operação padrão na fronteira

Os servidores da Receita Federal (RF), Polícia Federal (PF) e Polícia Rodoviária Federal (PRF) realizam na manhã desta quinta-feira (29) uma operação padrão nos postos de fiscalização espalhados nos 16,8 mil quilômetros da faixa de fronteiras do Brasil. O ato faz parte do Movimento em Defesa dos Órgãos de Fronteira, organizado pelas três categorias. No Paraná, a ação ocorre na Ponte Internacional da Amizade e no posto da PRF de Santa Terezinha de Itaipu, em Foz do Iguaçu; no trevo das Cataratas, em Cascavel; e na Ponte Ayrton Senna, em Guaíra, na divisa entre o Paraná e Mato Grosso do Sul.

A mobilização reivindica a implantação definitiva do adicional de fronteira, melhoria na estrutura dos órgãos e fornecimento de equipamentos novos, além do aumento no efetivo e a valorização dos profissionais. Simultaneamente às operações no Paraná, postos de outros 10 Estados também estarão realizando a medida – Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Rondônia, Amazonas, Acre, Amapá, Roraima e Pará.

Segundo a presidenta do Sindireceita, Sílvia Helena de Alencar Felismino, a mobilização também tem a finalidade de revelar ao País a preocupante e intolerável situação em que se encontram os servidores que atuam nas zonas inóspitas de fronteira. “A falta de estrutura e de servidores nessas áreas transformou as fronteiras brasileiras em território livre para o tráfico de drogas, de armas, de munições e em porta de entrada para todo o tipo de produtos pirataras e contrabandos, o que fortalece o crime e a violência em todo o Brasil”, adverte.

A delegada sindical de Foz do Iguaçu do Sindicato dos Policiais Federais do Paraná (Sinpef-PR), Bibiana de Oliveira Orsi Silva, afirma que no Paraná há menos de 300 servidores da PF atuando na região de fronteira, quando seria necessário um número três vezes maior de agentes para atender todas as atribuições.

Nos postos de fiscalização espalhados pelo Brasil, informam as entidades, além da operação, serão entregues panfletos informativos com os pedidos das categorias. ”Aguardamos que o Plano Nacional de Fronteiras (lançado em junho de 2011) realmente seja benéfico para as regiões. Entretanto, na prática, não houve nenhuma mudança até agora. Além disso, no caso específico dos auditores fiscais, não temos um reajuste desde 2008. Falta valorização da categoria”, afirmou o auditor fiscal Flávio Bernardino de Carvalho, secretário-adjunto de finanças do Sindicato Nacional dos Auditores-Fiscais da Receita Federal (Sindifisco), em Foz do Iguaçu.

Fonte: Bonde

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