Para atender a Fifa (Federação Internacional de Futebol) e reforçar a ação durante a Copa do Mundo, policiais vão desfalcar a segurança de Mato Grosso do Sul. Só da PRF (Polícia Rodoviária Federal), 25,5% do efetivo vai deixar o Estado e postos de atendimento correm o risco de serem fechados de 30 de maio até meados de julho.
O alerta partiu do presidente do Sindicato dos Policiais Rodoviários de Mato Grosso do Sul, Lúcio Nogueira. Segundo ele, dos 450 profissionais, que atuam em 22 postos e 10 delegacias, 115 foram escalados para atuar na Copa. “Pode acontecer de postos serem fechados”, afirmou.
A possibilidade, segundo ele, existe diante do déficit de policiais rodoviários já existente no Estado. “O efetivo ideal era de 800 homens”, defendeu Nogueira.
Hoje, de acordo com ele, praticamente todos os dias ficam apenas dois policiais nos 22 postos de atendimento. “Se ficar apenas um, fecha o posto”, explicou, fazendo menção ao perigo de deixar um homem sozinho na segurança.
A assessoria da superintendência da PRF, por sua vez, minimizou as consequências do desfalque e informou que remanejamento será feito para impedir o fechamento dos postos. Do Estado, segundo a equipe, vão policiais para atuar com cães, no atendimento, no combate ao tráfico e no controle de distúrbios.
Inspetor chefe da delegacia da PRF de Dourados, Ozanan Catelan é um dos escalados para reforçar a segurança da Copa do Mundo de Futebol. Ele partirá do Estado no dia 30 de maio e a volta está prevista para 2 de julho.
“Vou para Curitiba (PR), atuar no policiamento metropolitano”, contou. Ele revelou ainda que, dos 46 policiais rodoviários de Dourados, nove foram convocados pela Fifa. “Uns vão para Manaus, outros ao Rio de Janeiro e Cuiabá”, emendou.
Indagado se a ausência do grupo resultará em fechamento de postos em Dourados, Catelan explicou que, por ser região de fronteira, a ordem é não afrouxar a segurança. “No período, ninguém poderá tirar férias, nem folgas”, disse.
Da polícia Civil e Militar, segundo o secretário estadual de Justiça e Segurança, Wantuir Jacini, por enquanto, poucos policiais foram convocados pela Fifa. “Uma meia-dúzia está atuando no planejamento, nos setores de inteligência, execução e perícia”, relatou.
Sobre a chance de mais homens de Mato Grosso do Sul serem chamados para trabalhar na execução, Jacini disse que, até agora, desconhece a possibilidade.
Fonte: Campo Grande News