A polícia rodoviária federal realizou uma paralisação, na manhã de ontem, em todo Brasil, em protesto contra os baixos salários e o efetivo reduzido. No Pará, os policiais fizeram uma operação na BR-316, que deixou o trânsito congestionado.
A chamada operação “Colina” foi iniciada às 9h, no Km 53, da principal rodovia do Estado. A ação foi uma demonstração de apoio a categoria, que paralisou os serviços nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul e Distrito Federal.
De acordo com o inspetor Carlos Lima, o objetivo da operação foi mostrar a importância da Polícia Rodoviária Federal na fiscalização de crimes. “Nós estamos parando todo veículo suspeito de ser ilícito, como crimes tributários, ambientais, infrações de trânsito e infrações dos códigos penal e civil”, disse.
A fiscalização na barreira localizada na entrada da cidade de Castanhal deixou o trânsito caótico. Foi registrado um congestionamento de cerca de 20 quilômetros no sentido Belém–Castanhal. “É preciso fiscalizar e estamos cumprindo com nossa obrigação, sem deixar passar nada em branco”, explicou o inspetor, se referindo a dois veículos que foram apreendidos, um com documentação falsa e o outro por excesso de peso.
A operação “Colina” contou com a participação de 30 policiais rodoviários do Estado. Todos estavam fiscalizando os veículos que entravam ou saíam de Castanhal. “Nossa intenção é fiscalizar os veículos suspeitos, mas como o espaço é pequeno, o trânsito fica lento, mas não temos a obrigação de prejudicar ninguém”, disse Carlos Lima.
Apesar da intenção dos policiais rodoviários em demonstrar a insatisfação com o governo federal, os motoristas afetados pelo congestionamento ficaram revoltados. “Estou aqui há quase uma hora. Tenho que trabalhar em Belém. E se eu perder meu emprego, eles vão me dar outro?”, questionou Paulo da Silva. O estudante de administração José Pinheiro tentava levar a mãe ao médico em Belém.
Eles, como policiais, tinham que saber que não se pode prejudicar o ir e vir de alguém. Minha mãe precisa fazer essa consulta urgente”, disse.
A fiscalização na barreira de Castanhal só terminou por volta do meio dia.
Fonte: Diário do Pará