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maio/2015

PRF salva vida de bebê em Viana

PRF Nagisla Aires
Foto: SINPRF/ES

Era para ter sido um plantão comum de domingo. Mas acabou marcando a vida da policial Nagisla Patrícia Ferreira Aires, de 46 anos, e do bebê Paulo Otávio da Silva Walderato, de dez meses.

A policial, que trabalha no posto da Polícia Rodoviária Federal (PRF) localizado em Viana e é a Diretora Social do Sindicato da PRF-ES (SINPRF-ES), salvou a vida do bebê no último dia 26, quando ele chegou passando mal na unidade. Na ocasião, Paulo Otávio estava junto com o pai e uma tia, que, desesperados, buscavam um socorro para a criança.

“O bebê tinha passado mal a noite inteira, com gripe e convulsão. Como eles estavam passando o fim de semana em uma casa próxima ao posto da PRF, o pai dele foi de carro até lá pedir ajuda. Quando ele parou em frente ao posto, eu e o policial Joceir fomos ver o que estava acontecendo. Então a tia saiu do carro com a criança no colo, desesperada, e gritando ‘ela desmaiou’, e a entregou para o PRF”, lembrou Patrícia.

Na tentativa de reanimar Paulo Otávio, o PRF Joceir começou a dar tapas nas costas dele. Como o bebê não acordou, Patrícia pediu para os outros PRFs que estavam no posto ligarem para o Corpo de Bombeiros e, enquanto esperava a ambulância, tentou reanimá-lo novamente.

“Deitei ele no chão, na frente do posto, e comecei a fazer uma massagem cardíaca. Ele ficou roxo, sem respirar e então o pai começou a gritar ‘não deixa o meu filho morrer moça’. Eu disse para ele ficar calmo, que ia dar tudo certo. Como sou muito ligada a Deus, perguntei para Ele o que eu deveria fazer naquela situação, e logo tive a resposta: chupar o nariz da criança. Foi o que fiz”, ressaltou.

A partir da terceira vez em que a PRF Patrícia chupou o nariz de Paulo Otávio, o bebê reagiu. Com a chegada da ambulância do Corpo de Bombeiros, ele foi levado para o Pronto Atendimento (PA) de Areinha, em Viana, e, em seguida, transferido para o Hospital Infantil de Vitória.

A PRF Patrícia comentou que ela e outros PRFs chegaram a ter dificuldades para que Paulo Otávio fosse atendido no PA de Areinha. “Disseram que não havia médico. Mas estávamos em duas viaturas e exigimos que o bebê fosse atendido. Os primeiros socorros tinham sido feitos, mas ele precisava ser atendido, porque tinha coisa que a gente não saberia fazer”, explicou.

Horas depois, a família de Paulo Otávio voltou ao posto da PRF para agradecer à policial Patrícia por ter salvado a vida do bebê, e ele foi levado até lá na semana seguinte, recuperado após o susto. Patrícia, que está na PRF há 22 anos, nunca tinha vivenciado uma experiência como essa, e, além do aprendizado, ficou muito feliz por tudo ter acabado bem.

“Foi uma surpresa, todo dia estou aprendendo. Na hora que tudo aconteceu, cheguei a não saber o que fazer, mas não fiquei desesperada. Imaginava que tudo ia dar certo. Podia até dar errado, mas, no meu pensamento, ia dar certo. A gente tem que acreditar no trabalho que faz. Além disso, foi Deus que me orientou. Fiquei feliz da vida quando vi que o bebê estava bem. Sei que é nosso trabalho. Fiz uma obrigação, gosto de atender bem. Temos que fazer a diferença. Faria tudo de novo”, completou.

Fonte: Assessoria de Comunicação SINPRF-ES

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