09

ago/2012

Protesto de policiais rodoviários federais congestiona estradas do Paraná

Policiais rodoviários federais deram início hoje (8) a uma operação-padrão que provocou congestionamento e lentidão em trechos rodoviários de quatro cidades do Paraná. Na próxima segunda-feira (13), a categoria fará assembleias em todo o país para avaliar a possibilidade de uma greve nacional, que seria a primeira em toda a história da Polícia Rodoviária Federal (PRF), criada em 1928.

No pico do movimento, por volta das 13h, na BR-116, a concessionária de pedágio Autopista Litoral Sul registrou 21 quilômetros de congestionamento no sentido Curitiba da BR-116 e 16 quilômetros no sentido Palhoça (SC).

Motivado pela ausência de uma proposta de reajuste salarial para a categoria, o protesto aconteceu em estradas de Curitiba, Londrina, Santa Terezinha de Itaipu e Foz do Iguaçu. Os servidores da PRF revistaram todos os veículos e verificaram as notas fiscais dos caminhões. A mobilização foi organizada pela Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais (FenaPRF).

Em Curitiba, o protesto ocorreu até o início da tarde na BR-116, no trecho conhecido como Contorno Leste, na altura do km 95. As duas pistas da rodovia registraram congestionamento, o que afetou o trânsito também nas BRs-277, 376 e 476, de acordo com informações do Sindicato dos Policiais Rodoviários Federais do Paraná (SinPRF-PR).

Em Londrina, a atividade se concentrou no km 157 da BR-369. Na Ponte Internacional da Amizade, em Foz do Iguaçu, também houve congestionamento. Em Santa Terezinha do Itaipu, no km 714 da BR-277, a lentidão foi menor.

Em todo o estado, houve apreensões de pelo menos dez veículos e de cargas sem nota fiscal ou outras irregularidades. Na fronteira com o Paraguai, a operação prossegue até amanhã (9).

Os policiais rodoviários podem entrar em greve por tempo indeterminado a partir da semana entre os dias 20 e 24 de agosto, caso o governo não apresente uma proposta satisfatória à categoria, mas a paralisação pode ser antecipada para a semana que vem.

“Esse calendário é provisório, as assembleias podem aprovar uma greve já com início no dia 14 de agosto”, observou o diretor jurídico do SinPRF-PR, Sidnei Nunes, em entrevista à Agência Brasil. “Por enquanto, o governo não sinalizou nem com uma reposição salarial. Daqui para frente, vamos intensificar os protestos.”

Fonte: Agência Brasil

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