A estratégia do Ministério da Defesa para a proteção da Conferência Rio+20 prevê uma intensificação das forças de segurança da cidade sem interferir na rotina do Rio de Janeiro. Além das Forças Armadas (Marinha, Exército e Aeronáutica), todos os órgãos de segurança pública federal, estadual e municipal estarão envolvidos na proteção do evento.
Uma parte importante da ação é a defesa cibernética, contra ataques para interferir ou derrubar o tráfego de dados das redes integradas do sistema de comando e controle, que estará em funcionamento durante toda a conferência.
Os centros integrados de comando e controle coordenarão as ações de segurança, transporte e de defesa. Haverá quatro deles: móvel, na área da conferência, outro da Marinha; o terceiro, do Exército, coordenará as ações de transporte de autoridades; e o quarto é instalado em um ônibus, que controlará o trânsito e ficará sob responsabilidade da prefeitura.
O Ministério da Defesa atribuiu ao chefe do Comando Militar do Leste (CML), sediado no Rio de Janeiro (RJ), a missão de ser o comandante da operação. Haverá uma força de contingência em prontidão para permitir o emprego das tropas numa eventual necessidade de reforçar a segurança pública. Essa tropa está treinada para promover a substituição de efetivos por colapso do sistema que integra os agentes normais de segurança.
Embarcações – A Marinha mantém uma atividade rotineira, cujas ações de fiscalização e controle serão intensificadas, como a vistoria nas embarcações e navios que transitarem numa área estabelecida como necessária para garantir a segurança. A fiscalização poderá ser estendida nas áreas portuárias e terminais. Os navios atracados no porto serão inspecionados, inclusive com mergulhadores, para ver se não há alguma bomba instalada. Tropas especialmente treinadas para atuação, prevenção e reação a ataques terroristas estarão disponíveis e ficarão de prontidão.
Estações de descontaminação química e bacteriológica de pessoas estarão prontas para atender em caso de acidente ou ataque.
O Gabinete de Segurança Institucional coordenará a segurança da infraestrutura crítica, como a Refinaria Duque de Caxias, os aeroportos e o sistema de tratamento de água.
Além de agentes da Polícia Federal e das polícias do Rio de Janeiro, atuarão dez mil militares de Exército, dois mil da Marinha e 800 da Força Aérea. A Marinha do Brasil empregará 24 embarcações: duas fragatas, dois navios-patrulha, dois avisos-patrulha, quatro lanchas (Laep – lancha de apoio e ensino à patrulha) e 14 flexboats.
Controle do espaço aéreo será intensificado
A Força Aérea intensificará as medidas de segurança e controle, com o aprimoramento que se fizer necessário em função da magnitude do evento. Essas medidas constituem, em síntese, o controle mais restrito e a detecção de ameaças de invasão. Será dado destaque aos voos de baixa altitude, principalmente na área da conferência.
As tripulações de 16 helicópteros darão apoio logístico, defesa aérea e marítima, além dos transportes de autoridades e as respectivas seguranças. Em parceria com o governo estadual, o apoio médico-hospitalar será prestado nos locais dos eventos e de concentração popular como primeiro atendimento e no transporte para os hospitais, quando necessário.
Durante a conferência, a Força Aérea controlará todos os heliportos e aeroportos. Nenhum helicóptero decolará antes de ser inspecionado. Essa ação será coordenada pelo quinto centro. O espaço aéreo será monitorado e protegido por caças da Base Aérea de Santa Cruz.
Fonte: Pantanal News