Com mais de 90 dias de discussão, as negociações entre governo federal e o conjunto do funcionalismo público ainda não avançaram. A expectativa é de que seja dada uma resposta à pauta de reivindicação dos servidores na semana que vai de 17 a 21 de agosto.
“Esperamos que o governo nos chame para uma reunião nessa semana, onde poderá ser apresentada uma resposta à nossa proposta de 19,07% a mais nos salários, índice que recompõe o poder de compra perdido nos últimos seis anos”, afirma o coordenador da Condsef (que representa a maior parte dos servidores do Executivo federal), Sérgio Ronaldo.
Os servidores federais do Executivo no DF realizarão assembleia dia 19, às 12h30. A pauta do encontro é variável. “Se o governo chamar o conjunto dos servidores para negociar antes do dia 19, a avaliação desse encontro será nossa pauta. Agora, caso não haja reunião com o governo até dia 19, discutiremos nossas próximas estratégias de luta”, explica a assessoria do Sindsep-DF.
Já na educação pública superior, continua a greve deflagrada no dia 28 de maio. De acordo com a Fasubra, federação que representa os técnico-administrativos das universidades federais, o movimento paredista continua forte em todo o país. A categoria vem trabalhando a pauta específica junto ao Ministério da Educação em reuniões que abordam questões como, por exemplo, o turno contínuo de trabalho (30 horas). Segundo a federação, os avanços quanto à pauta específica em pontos que não interferem no orçamento ainda são tímidos.
Os servidores da carreira da seguridade social continuam em greve no Distrito Federal, iniciada no dia 13 de julho. Das 19 agências da Previdência na capital e no entorno, 2 estão totalmente paralisadas e 6 realizam atendimento parcial.
No Judiciário, o movimento paredista iniciado em junho também indica continuidade. No dia 18, os servidores deste Poder, em todo o Brasil, realizarão paralisação 24 horas. No mesmo dia, na Praça dos Três Poderes, haverá ato e vigília pela aprovação do PLC 28, que concede o reajuste salarial à categoria. O projeto foi vetado pela presidente Dilma Rousseff e está novamente no Senado para votação em sessão conjunta.
Fonte: CUT Brasília