19

mar/2012

Servidor que não fizer toda carreira na União terá que pagar a mais para garantir aposentadoria integral

Parar de trabalhar sem ter queda de renda é o sonho de todo trabalhador. Para os servidores federais, alcançar esse objetivo é um pouco mais fácil, já que a legislação em vigor dá direito, na aposentadoria, ao último salário recebido na ativa, independentemente do número de anos que o funcionário ficou na União. Mas essa regra vai mudar com a implementação da Fundação de Previdência Complementar do Servidor Público Federal (Funpresp), prevista para 2013.

Pelas contas do governo federal, o servidor que contribuir para a Funpresp com 8,5% da parcela de seu salário que excede o teto do INSS (hoje de R$ 3.916,20), durante 35 anos — tempo mínimo de serviço para o homem se aposentar —, vai garantir o benefício integral. Até esse percentual, a União fará uma contribuição com o mesmo valor recolhido pelo servidor.

Se o funcionário não fizer todos os 35 anos de carreira no serviço público federal — caso de quem já tiver trabalhado antes de ingressar na União — terá que contribuir com mais do que 8,5% para se aposentar com o mesmo salário da ativa. Cálculos feitos pelo atuário Newton Conde, da Conde Consultoria, mostram, por exemplo, que um servidor com salário de R$ 4.500 teria que pagar 49% do excedente do teto, além dos 8,5%, para ter a aposentadoria integral, caso fique 15 anos na União.

Em todos os casos, além de recolher para a Funpresp, o servidor terá que pagar 11% sobre o teto do INSS para ter o valor máximo pago pela Previdência Social.

Ainda segundo Conde, se o funcionário ficar os mesmos 15 anos e pagar somente os 8,5%, poderá ter uma perda de 10% ao se aposentar. A nova regra será obrigatória apenas para quem se tornar servidor após a implantação da Funpresp.

funpresp

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Fonte: Extra

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