O secretário executivo da Central Sindical e Popular (CSP Conlutas) e porta-voz do Fórum Nacional das Entidades dos Servidores Federais, que reúne 31 entidades, Paulo Barela, afirma que o governo elege quais categorias quer beneficiar. Ele destaca a gravidade das distorções salariais entre as carreiras.
Segundo Barela, os servidores já aceitaram flexibilizar a reivindicação de reajuste linear, exatamente com o intuito de corrigir as distorções. Dessa forma, em vez de uma correção de 22% para todos, os sindicalistas estão dispostos a negociar, pelo menos, as perdas inflacionárias de abril de 2010 a fevereiro de 2012, o que significaria correção linear de 10,58%.
Os sindicalistas defendem que a parte do reajuste referente ao ganho real — equivalente ao crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em igual período (7,5%, em 2010, e 2,7%, em 2011) — poderia ser canalizado a categorias específicas, mas seguindo a prioridade de corrigir distorções.
Na avaliação de Pedro Delarue, presidente do Fórum Nacional Permanente das Carreiras Típicas de Estado (Fonacate), há uma clara distorção entre os vencimentos do funcionalismo. “As distorções ocorrem principalmente a partir do acúmulo de penduricalhos entre gratificações e adicionais variados concedidos a algumas carreiras.”
Fonte: Correio Braziliense