Emplacamentos superam 400 mil unidades no melhor mês da história. Números oficiais serão divulgados nesta terça-feira (4).
Confirmando a previsão feita pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega , na semana passada, as vendas de carros tiveram o melhor mês da história em agosto, segundo comunicado da Fiat divulgado nesta segunda-feira (3). “O mercado brasileiro absorveu mais de 400 mil automóveis e comerciais leves em agosto, um recorde histórico para a indústria automotiva brasileira”, diz a montadora.
Até então, o mês com maior números de carros vendidos era dezembro de 2010, com 361.197 automóveis e comerciais leves negociados. Segundo fontes do mercado, os emplacamentos em agosto passado somaram cerrca de 405 mil unidades, 15% a mais do que em julho. A média de vendas diária subiu de 15,9 mil em julho para 17,6 mil em agosto, ainda segundo as fontes. Os números oficiais serão divulgados nesta terça-feira (4) pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave).
Desde junho, devido à redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), os emplacamentos têm batido recordes mensais . As vendas em agosto também foram marcadas pela “correria” para aproveitar os “últimos dias” do IPI mais baixo, que valeria até o dia 31. Mas, dois dias antes, o governo prorrogou a medida até outubro próximo.
A Fiat afirmou que manteve a liderança na venda de carros com 98,2 mil unidades emplacadas no mês passado e 24,2% de participação nas vendas totais no mês. A montadora comunicou ainda que teve em agosto sua maior produção em 36 anos de atuação no Brasil, com cerca de 82 mil unidades. A diferença entre o número de vendidas e o de fabricação se deve à importação de veículos da Argentina e do México.
Prorrogação do desconto do IPI
Na última quarta-feira (29), Mantega anunciou a prorrogação da redução do imposto para vários setores, entre eles a linha branca e os automóveis . A medida tenta incentivar o consumo e, com isso, aquecer a economia e elevar o crescimento do PIB em um momento em que o país sente os efeitos do agravamento da crise internacional.
O ministro disse que o resultado de agosto vai ajudar o crescimento tanto do setor automobilístico quanto da indústria brasileira. “Se for atingido [o total de] 400 mil veículos vendidos em um único mês, nós teremos a indústria reagindo favoravelmente com a diminuição de importações de automóveis”, destacou na última sexta (31), ao comentar o Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre.
O corte do IPI, no caso dos veículos, depende da potência do motor e do local em que ele é produzido (se nacional ou importado). Para carros novos com motor de mil cilindradas (1.0) e fabricados no Brasil, que são os mais vendidos, a alíquota normal do imposto foi de 7% para 0%. Já para os importados com o mesmo tipo de motor, a alíquota foi de 37% para 30%.
Fonte: G1