A primeira onda de greves do governo de Dilma Rousseff começou a tomar conta do funcionalismo público federal. Depois dos professores universitários, os técnicos administrativos das universidades também cruzaram os braços, ontem, em protesto por reajustes salariais. Já os auditores fiscais da Receita Federal prometem uma paralisação de alerta para hoje e amanhã e, caso não sejam atendidos, ameaçam greve geral a partir da semana que vem.
Médicos dos hospitais federais também farão paralisação de alerta hoje, contra a Medida Provisória nº 568/2012, que reduz o salário da categoria. Amanhã, será a vez dos quadros das escolas técnicas pararem, bem como servidores do Judiciário e do Ministério Público, movimento que será seguido, dia 18, por empregados do Executivo.
Na avaliação de Pedro Delarue, presidente do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Sindifisco), o conjunto de paralisações demonstra um erro de estratégia do governo na negociação com os servidores. A insatisfação é geral. Faltou sensibilidade política, ponderou Delarue.
Avaliação semelhante tem o coordenador de organização sindical da Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores das Universidades Públicas Brasileiras (Fasubra), José Ronaldo Esmeraldo: A greve generalizada entre diversas categorias demonstra que ninguém suporta mais uma política de arrocho. Além da pauta geral, que prevê reajuste salarial de 22%, a Fasubra cobra aumento do piso da categoria, que atualmente é de 1,3 salário mínimo, para três salários mínimos.
Fonte: Correio Braziliense