Apesar de terem passado os dois primeiros anos do governo de Dilma Rousseff com salários praticamente congelados, os servidores públicos federais conseguiram pressionar a presidente e, desde o ano passado, abocanham uma parte cada vez maior do Orçamento. A União prevê gastar neste ano mais de R$ 12,5 bilhões só em aumentos de remunerações e gratificações e em alterações na estrutura de carreiras.
A estimativa dos custos a mais na folha de pessoal, prevista no anexo cinco da Lei Orçamentária Anual, é 11% maior que os valores estimados nessa mesma rubrica no ano passado.
Entraram ainda na lista de benesses o aumento do salário do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) — que foi para R$ 29,4 mil — e gratificações a servidores do Ministério da Agricultura, a agentes penitenciários, a técnicos em tecnologia militar e a uma parcela dos servidores do Tribunal de Contas da União (TCU) e do Ministério Público da União (MPU). A maior parte desses incrementos também foi conquistada depois da greve de 2012 e acabou parcelada em três anos, até 2015.
Fonte: Correio Braziliense