A partir de hoje, o Congresso Nacional se ilumina novamente de rosa, como parte de um movimento mundial de conscientização sobre a importância de detecção precoce de câncer de mama. O chamado Outubro Rosa iniciou-se na década de 1990, nos Estados Unidos, e chegou ao Brasil em 2008, por iniciativa da Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (Femama).
Presidente do Instituto Neo Mama de Prevenção e Combate ao Câncer de Mama, Gilze Francisco, foi uma das que se empenharam na organização do Outubro Rosa no Brasil. Ela destaca que a iluminação rosa em prédios públicos chama a atenção para o problema, mas reforça que, além da luz, são necessárias ações efetivas de conscientização.
“A cada 24 segundos no mundo, uma mulher é diagnosticada com câncer de mama. A cada 68 segundos no mundo, uma mulher morre em consequência do câncer de mama. São os maiores números que temos em oncologia. No Brasil e no mundo o total de mulheres que vamos perder neste ano é de aproximadamente 1 milhão”, calcula Gilze.
“A gente começa sempre por atitudes pequenas, lúdicas, como lacinho, peça de roupa, iluminação. Mas dentro de cada uma de nós deve haver sinal de alerta muito grande”, diz a presidente do Neo Mama, lembrando as campanhas contra o câncer de mama que vendem camisetas e lacinhos rosa.
Autoexame e mamografia
A mastologista do Departamento Médico da Câmara dos Deputados Salete Rios reforça a importância do autoexame das mamas para a detecção precoce do câncer. “Alguns falam que são contra o autoexame. Eu sou a favor. Num país continental como o nosso, que não tem mamógrafo disponível para todas as brasileiras, é ideal que elas se examinem, conheçam seu corpo. De preferência, no período menstrual. Para aquelas que estão no pós-menopausa, escolha um dia do mês e façam o autoexame”, sugere.
Salete Rios recomenda também a mamografia. “Se a mulher não tem fatores familiares, com câncer de mama, não tem mutação genética, pode começar a fazer mamografia aos 40 anos e fazer a cada 2 anos se ela não tiver maiores alterações. Uma mulher que tem muitos familiares ou que tem muita alteração genética tem que fazer bem mais cedo.”
Atividades especiais
No Congresso, além da iluminação especial, estão previstas várias atividades como parte do Outubro Rosa, como a distribuição de material informativo e a marcação de consultas e exames para servidoras, no Departamento Médico da Câmara.
No dia 16 de outubro, o projeto Quintas Femininas, no Senado, debate o câncer de mama, no plenário 2, da ala Nilo Coelho, a partir das 10 horas.
No dia 19 de outubro, às 9 horas, o Sindicato dos Servidores do Poder Legislativo (Sindilegis) promove a Caminhada e Corrida Contra o Câncer de Mama 2014, com largada no Eixão Norte do Lazer. Saiba mais sobre o evento.
As atividades do Outubro Rosa são é uma iniciativa da Secretaria da Mulher da Câmara dos Deputados, em parceria com a Procuradoria da Mulher do Senado Federal. Em Brasília, o movimento também tem a participação dos governos federal e distrital. Saiba mais sobre a campanha.
Fonte: Agência Senado