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abr/2013

Discussão entre PRF e Guarda Municipal paralisa obra da sede da Superintendência da PRF em Santa Catarina

A prefeita Adeliane Dal Pont, do município de São José, Santa Catarina, se reuniu com o superintendente da Polícia Rodoviária Federal, Silvinei Vasques, na semana passada e acabou acordado que a construção da Sede da Superintendência da PRF, em terreno sediado pela União, seria paralisada por um tempo.

A decisão de deu por conta de uma confusão, na última quinta feira (28) entre a Polícia Rodoviária Federal e a Guarda Municipal de São José. A confusão teve inicio porque a Polícia Rodoviária Federal começou a cercar a área, que segundo Silvinei Vasques, foi destinada pela União para a construção da sede da Superintendência da PRF. O espaço fica na beira mar, ao lado do prédio da prefeitura de São José.

Pela manhã, quando os operários começaram a construir as cercas, agentes da Guarda Municipal chegaram para impedir que a obra continuasse alegando que havia um embargo da prefeitura por questões ambientais e de viabilidade técnica.

Clóvis Renato, procurador municipal, declarou que não houve comunicação de projeto nenhum. “Não sabemos que projeto está sendo executado aqui. Então esse impasse vem da surpresa dessa construção e da falta de comunicação”.

Silvinei rebateu afirmando que há uma parceria entre a PRF e o Município. “Nós já cedemos um terreno de 130 mil m² para construir o ‘Minha Casa, Minha vida’, e agora, a Secretaria do Patrimônio da União nos cedeu esse terreno com 10 mil m² para que seja construída a Superintendência da PRF”.

Houve muito desentendimento e discussão, e sem chegar a um acordo, o superintendente Silvinei Vasques ordenou que os operários continuassem a construir a cerca, nem que para isso fosse necessário o uso do poder da PRF. Ele alegou que o terreno estaria sendo usado como estacionamento de um clube que fica ao lado e ainda estariam cobrando pelo serviço. E acrescentou “nós estamos proibindo que terceiros, assim como o clube aqui atrás use esse terreno como estacionamento, inclusive cobrando. Isso aqui não pode ser cobrado, por ser uma área pública.”

O procurador Clóvis Renato não impediu a continuação das obras e disse que lamenta todo o ocorrido. “Eu fico triste por conta de que, na nossa república, os entes federais deveriam contribuir e agir em harmonia.”


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