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ago/2012

Em greve, policiais rodoviários federais protestam em São Paulo

Policiais rodoviários federais em greve, durante assembleia na superintendência da PRF, na Vila Maria

Um grupo de policiais rodoviários federais em greve fazia um protesto na tarde desta sexta-feira na frente da sede da PRF (Polícia Rodoviária Federal), na via Dutra, na zona norte de São Paulo. Apesar da manifestação, o grupo afirma que não bloqueará o tráfego na rodovia.

Desde segunda-feira (20), policiais rodoviários federais de outros Estados começaram a fazer suas paralisações. Ontem, a categoria se reuniu com o Ministério do Planejamento, mas nenhum acordo foi feito. O limite orçamentário do governo é de aumento de 15,8%, diluídos nos próximos três anos.

Em São Paulo, o SinPRF-SP (Sindicato dos policiais rodoviários federais de SP) afirma que haverá apitaço na tarde de hoje na frente da sede da PRF, mas não haverá operação-padrão, que foi proibida pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça).

Durante a paralisação, só 30% do efetivo vai trabalhar, priorizando o atendimento de acidentes. Há, porém, orientação para que as multas sejam aplicadas.

Além da via Dutra, outras rodovias federais afetadas em São Paulo durante a paralisação serão a Régis Bittencourt e a Fernão Dias.

O ministro José Eduardo Cardozo (Justiça) disse ontem que não haverá tolerância diante de “abuso de direito de greve”, e não descartou a demissão em casos extremos.

“Em situações que qualifiquem só infração funcional, serão tomadas as medidas disciplinares cabíveis, proporcionais à infração, que podem chegar até à demissão do servidor”, disse Cardozo.

SERVIDORES

O movimento grevista dos servidores públicos afeta, em potencial, mais de 60% do quadro de trabalhadores do Poder Executivo federal, segundo a Condsef (Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal).

Ainda que a adesão não seja total, as carreiras mais numerosas que participam da paralisação somam 354 mil funcionários, para um total de 573 mil trabalhadores em atividade na administração direta, autarquias e fundações.

O último balanço da confederação aponta que mais de 40 categorias entraram em greve.

Desde o início de março, quando começou a campanha salarial desde ano, mais de 180 reuniões foram feiras entre governo e servidores. Para esta semana, foram agendados mais 23 encontros com várias categorias de servidores.

Fonte: Folha de S. Paulo

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