A Comissão de Viação e Transportes realizou nesta terça-feira, na Câmara dos Deputados, o Seminário de Segurança para a Mobilidade Ativa, no Plenário 11 do Anexo II da Casa. A pauta foi um requerimento do deputado federal Hugo Leal (PSD/RJ). A ideia do evento foi discutir modais mais acessíveis e dinâmicos alternativos aos motorizados.
Marcelo Azevedo, diretor jurídico da Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais (FenaPRF), participou da segunda mesa do Seminário. “É importante trazer um foco diferente em uma audiência pública, que é a mobilidade ativa das pessoas e bens, que infelizmente foram deixados em segundo plano”, destacou.
Com dados nas rodovias federais, o diretor trouxe um percentual de mortes de pedestres e ciclistas. Um em cada quatro acidentes evolvendo pedestres há um óbito, enquanto que um a cada oito acidentes com ciclistas uma pessoa morre. “Eu não me sinto seguro para ir de bicicleta, que é um veículo que gosto bastante, para o meu posto de trabalho, que são rodovias na qual eu sou acostumado”, acrescentou.
Azevedo ainda destacou que as ações educativas são muito importantes para gerar mais resultados positivos e defendeu um fortalecimento na área do trânsito entre entidades que envolvem ações no trânsito. Além disso, destacou que é necessário fazer um descontingenciamento do fundo (FUNSET), para que as ações nas rodovias sejam mais efetivas. “Os recursos das infrações de trânsito, seja no FUNSET seja da PRF, não tem sido aplicados em ações de segurança, educação, sinalização e engenharia de trânsito”, ressaltou.
Representantes do Ministério das Cidades, entidades ligadas ao urbanismo e mobilidade urbana e em defesa e apoio as bicicletas como meio de transporte também estiveram no evento para exporem seus pontos e importâncias desse modal.