28

mar/2012

FenaPRF participou da Marcha Salarial Unificada dos Servidores Federais

Brasília foi palco de mais uma manifestação de grande porte na manhã de hoje (28). Cerca de 6 mil servidores públicos federais de todo o país e das mais diversas categorias cobraram do governo um reajuste salarial de 22,08%, além de outras reivindicações pautadas na Campanha Salarial Unificada dos Servidores Federais. A concentração do evento teve início às 9h em frente a catedral, depois, de maneira organizada e ordeira o grupo seguiu até o Ministério do Planejamento Orçamento e Gestão (MPOG), onde os representantes das 31 entidades sindicais que formam o Fórum Nacional das Entidades dos Servidores Federais foram recebidos pelo secretário das relações de trabalho do Planejamento, Sérgio Mendonça.

Enquanto aguardavam o início da reunião com Mendonça, cada entidade pode apresentar seus pontos de interesse no carro de som oficial da organização, que ficou parado em frente ao MPOG durante toda a manhã. A Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federal (FenaPRF) foi representada pelo seu diretor-secretário Lourismar Duarte, que fez duras cobranças ao governo atual. “Não podemos voltar ao tempo da ditadura, em que era só peia(sic) e morte aos trabalhadores, estamos esperando para saber qual é a verdadeira face do governo Dilma em relação aos servidores públicos federais”, ressaltou.

E durante a reunião os representantes do Fórum apresentaram as seguintes demandas: política salarial, definição de uma data base real e anual para todos os servidores federais, recomposição salarial, melhoria nos valores dos auxílios alimentação, transporte, creche, além de definições acerca dos adicionais de insalubridade, periculosidade e noturno.

Como resposta o governo se posicionou que no momento sofre com a restrição orçamentária devido à “crise financeira mundial”, e que a prioridade da política salarial ainda é a correção das distorções existente entre os vencimentos (subsídios) das diversas carreiras, sendo que somente após esses ajustes poderá adotar uma política salarial linear. Mas sugeriu positivamente que a data final de negociação das mesas específicas de cada categoria fosse antecipada de 31 de agosto para 31 de julho. E informou também que a partir de abril a Secretaria das Relações de Trabalho (SRT) quer realizar o mapeamento específico dos problemas de cada categoria para pautá-los nas próximas reuniões.

Para os representantes do Fórum, esse posicionamento do governo não condiz com a verdade, tendo em vista que durante as viagens e discursos da presidente Dilma, inclusive fora do País, a mesma sempre exalta o crescimento da economia e o aumento da confiança mundial em relação a situação financeira do Brasil. Enquanto todos os benefícios possíveis, como: desconto em impostos e taxas trabalhistas são cordialmente concedidos aos empresários do setor privado, o funcionalismo federal não consegue sequer durante as negociações com o governo, um posicionamento favorável a qualquer tipo reajuste.´

O Fórum exigiu que todas as questões de interesse comum das categorias sejam tratadas com seus representantes e somente as pautas específicas de cada categoria continuem sendo discutidas a parte. O governo por sua vez alegou que quer continuar o diálogo [eterno], porém, os representantes classistas discordaram e alegaram que o real interesse por parte do governo é forjar o desmonte e o sucateamento do serviço público. Essa é a maior decepção dos servidores públicos em relação à política praticada pelo governo, pois servidor valorizado é serviço público de qualidade. Ao final, os representantes classistas alegaram que o governo está empurrando o funcionalismo para uma greve geral.

No calor do debate, o governo insistiu na tese de se reunir novamente com o Fórum somente no mês de maio para tratar da pauta comum, porém todos os representantes classistas se opuserem firmemente fazendo com que o SRT recuasse e confirmasse a próxima reunião geral para o dia 24 de abril, tendo em vista que no dia 25 está previsto uma paralisação geral.

Agenda

– Mês de abril, (re)início das mesas de negociação específicas com cada categoria;
– 24 de abril, próxima reunião com as entidades que participam do Fórum;
– 31 de julho, data apresentada como final para a negociação com todas as categorias.

Agradecimento

A Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais (FenaPRF) agradece o apoio recebido dos sindicatos regionais que compareceram na Marcha Nacional e principalmente aos quase 150 companheiros ativos e inativos que dedicaram suas horas de descanso e lazer para reivindicarem os interesses de toda a categoria. A luta de um PRF é a luta de luta de todos.

 


A reprodução desta notícia é autorizada desde que contenha a assinatura ‘Agência FenaPRF’

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