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nov/2011

FenaPRF pede apoio ao Ministério da Justiça

Em reunião ocorrida hoje pela manhã, FenaPRF defendeu tratamento isonômico para os policiais rodoviários.

Representantes da comissão de reestruturação da carreira dos Policiais Rodoviários Federais, formada pela FenaPRF e sindicatos da categoria, estiveram, hoje pela manhã, com Marcelo Veiga, assessor do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.

No encontro, os representantes dos policiais expuseram diversas reivindicações com a finalidade de melhorar as condições de trabalho dos profissionais que atuam nas rodovias federais brasileiras e aprimorar a eficiência dos resultados obtidos pelos agentes.

Essas propostas já estão sendo negociadas junto ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG). A intenção da FenaPRF é receber o apoio do ministro Cardozo quanto ao tratamento mais igualitário para os policiais rodoviários federais em relação a outras categorias ligadas ao Ministério da Justiça.

Dentre as principais propostas apresentadas está à alteração do artigo 2º da Lei 9.654/1998. Apesar de ser necessário nível de escolaridade superior para o ingresso na carreira, a norma traz em seu texto que as atribuições desenvolvidas por estes policiais são próprias de cargo de nível intermediário. De acordo, com o presidente da FenaPRF, Pedro da Silva Cavalcanti, a redação não condiz com a real complexidade do trabalho exercido pelos agentes da PRF.

Outro ponto prioritário é a progressão funcional do policial rodoviário federal, cujas regras estão estipuladas na Lei 84.669/80. O texto legal, em seu artigo 3º, limita em 50% a promoção por merecimento e adota o mesmo percentual para o critério por antiguidade.

Os representantes dos policiais pleiteiam a retirada destes limites e alegam que a restrição, sobretudo ao que diz respeito à progressão por merecimento, não é justa e desmotiva o policial.

Para Renato Dias, diretor parlamentar da FenaPRF, estes são os dois aspectos mais importantes de vários outros pontos que ainda precisam ser debatidos. “O ideal seria que o Ministério do Planejamento reconhecesse estas reivindicações ainda este ano. E o apoio do ministro da Justiça é de suma importância para que o tratamento dos policiais rodoviários federais seja igualitário”, afirma.

De portas abertas – Marcelo Veiga, assessor do ministro Cardozo, afirma que o Ministério manterá o diálogo aberto. Ainda ressaltou a importância que a presidente Dilma dá ao trabalho da PRF.

“Postas todas as reivindicações, está claro que há vários problemas estruturais, que já vem de um bom tempo. Temos que encarar a carreira de frente, atacar os problemas, elencar as prioridades e colocar num cronograma”, considera Veiga.

O assessor disse que tentará agendar uma audiência com o ministro da Justiça até o dia 15 de dezembro, para que os policiais reforcem as reivindicações prioritárias. E, ainda, afirmou que, a partir de janeiro, será possível realizar outro encontro no qual será possível debater as propostas com mais profundidade.

Reunião no MPOG – Hoje, às 15 horas, representantes da FenaPRF participam de mais uma reunião com o secretário de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, Duvanier Paiva.

A ideia é sensibilizar o MPOG a acatar as propostas dos policiais rodoviários. “Já que nenhum reajuste salarial será concedido este ano para nenhuma categoria, esperamos que, pelo menos, as mudanças da progressão anual e da lei 9.654/1998 sejam reconhecidas até o final de 2011”, conclui Renato Dias.

Por William Martins


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