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out/2012

Índice que reajusta aluguéis sobe 0,02%

Depois de 0,97% em setembro, IGP-M desacelera; em 12 meses acumula 7,52%

O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) subiu 0,02% em outubro, ante  elevação de 0,97% em setembro, informou ontem a Fundação Getúlio Vargas (FGV). A  taxa, bastante usada para reajuste de contratos de alugue, ficou dentro das  estimativas dos analistas do mercado financeiro consultados pelo AE Projeções,  que iam de -0,07% a +0,23%, e abaixo da mediana encontrada com base nesse  intervalo, de +0,11%.

O Índice de Preços ao Produtor Amplo(IPA), que responde por 60% do índice  geral, teve baixa de 0,20%, enquanto o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), com  peso de 30%, avançou 0,58%. Já o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC),  com peso de 10% no índice geral, registrou elevação de 0,24%.

Em dez meses, o IGP-M acumula alta de 7,12%. Em 12 meses, o acumulado é de  7,52%.

As commodities foram as principais responsáveis pela queda de 1,24% na taxa  das matérias-primas brutas, no IGP-M de outubro, segundo a FGV. A soja em grão  recuou 6,5% neste mês, após alta de 4,7% em setembro, enquanto o milho em grão  passou de avanço de 0,11% para recuo de 3,87% no período. O minério de ferro  ampliou a queda de preços, para 5,91% em outubro, ante 3,91% na leitura  anterior.

Ainda no estágio inicial de produção, café em grão (de -3,65% para 1,14%),  mandioca (de 10,07% para 16,94%) e laranja (de 5,41% para 14,67%) apresentaram  aceleração de preços em outubro ante setembro, mas sem força suficiente para  compensar os recuos da soja, do milho e do minério de ferro.

Os preços dos bens finais e intermediários apresentaram desaceleração em  outubro, permanecendo, ainda, em terreno positivo. A inflação dos bens finais  (de 0,99% para 0,07%) foi influenciado pelo subgrupo alimentos processados, cuja  taxa de variação passou de 3,34% em setembro para 0,74% no mês seguinte.

IPC. A principal contribuição para a aceleração do IPC em outubro, dentro do  IGP-M, partiu do grupo habitação, cuja taxa passou de 0,33% em setembro para  0,46% neste mês, segundo a FGV. O aluguel residencial foi responsável pela maior  influência de alta do grupo, ao subir 0,66% em outubro, ante 0,34% na leitura  anterior.

Outras seis classes de despesa do IPC apresentaram aceleração de preços neste  mês: vestuário (de 0,44% para 0,82%), saúde e cuidados pessoais (de 0,38% para  0,48%), educação, leitura e recreação (de 0,10% para 0,18%), transportes (de  0,18% para 0,21%), despesas diversas (de 0,24% para 0,41%) e comunicação (de  0,21% para 0,69%).

Apenas o grupo alimentação apresentou desaceleração de preços neste mês na  comparação com o mês anterior. A taxa desta classe de despesa passou de 1,18% em  setembro para 1,08% em outubro, com destaque para os itens hortaliças e legumes  (de 1,26% para -6,34%), panificados e biscoitos (1,88% para 0,72%) e aves e ovos  (2,92% para 2,02%).

Fonte: O Estado de S. Paulo

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