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abr/2012

O que nos move senão as dificuldades?

Por: Diretoria do SINPRF-PE – Recife, 30 de março de 2012

Será que vamos precisar de chegar a um patamar insuportável em termos salariais para atendermos aos chamados de mobilização?

Na segunda-feira, dia 26/03, as Diretorias dos SINPRFs chamaram todos os filiados a participarem de ato em prol do reajuste salarial. Aqui em Pernambuco dois companheiros atenderam ao chamado, aos quais agradecemos profundamente o incentivo que nos transmitiram para continuar à frente da representação de nossa categoria no embate sindical. É interessante notar que esse desinteresse teve lugar também nos outros Estados, o que em nossa opinião torna o fato ainda mais preocupante.

O que pode fazer com que o colega, em seu período de folga se mova para participar de uma manifestação? Dificuldades Insuportáveis? Falta de boas perspectivas? Desejo verdadeiro de mudança? Compromisso com a Categoria?  Talvez o somatório disso tudo junto.

Acreditamos que todos os PRFs sejam efetivamente comprometidos com a categoria e que compartilhem do mesmo desejo verdadeiro de mudança. Assim resta-nos questionar se as dificuldades a que estamos submetidos são suportáveis e qual o tipo de perspectivas em que acreditamos. Nesse último ponto percebemos que, talvez devido ao incansável trabalho desenvolvido pelo sistema sindical em prol da categoria, boa parte de nós comunga de boas perspectivas em termos de negociações salariais, e quem sabe isso nos transmita um certo “salto alto” do qual se não descermos a tempo cairemos ou quem sabe torceremos o tornozelo.

No que se refere às dificuldades que estamos enfrentando parece que ainda são suportáveis e isso tem permeado a categoria de uma certa letargia motivacional.  Nossa remuneração não é a mais adequada, mas é suportável. Nossa carreira, também. As exigências das chefias são absurdas, mas dá pra aguentar, até porque caem no esquecimento de parte à parte. As condições de trabalho são precárias, porém vamos sobrevivendo, ou melhor escapando.  A pergunta é: até quando?

Vamos descer do “salto alto” já, pois precisamos ter os pés bem firmados no chão a fim de manter o equilíbrio e a firmeza necessários nessa luta desigual contra o Governo. Não vamos esperar que a coisa se torne insuportável para “corrermos atrás do prejuízo”, pois pouco adiantará “chorar o leite derramado”. Será que a categoria vai precisar de mais um “passa fora” do Governo para se insurgir contra essa “conversa comprida” que não acaba nunca? A força do Sistema Sindical é a força da categoria mobilizada. Até quando atitudes simples como ir as reuniões e assembleias serão negligenciadas? Sempre haverá um motivo plausível para não comparecer, mesmo porque sempre haverá próximas oportunidades, ainda que tardias?

Mobilize-se! Não espere que as coisas se tornem insuportáveis para fazer algo além de apontar falhas sem apontar as soluções ou de desempenhar, com satisfação, o papel do urubu pousando sobre o posto.

Não se deixe mover apenas pelas dificuldades insuportáveis, antecipe-se e as evite.

Fonte: SINPRF/PE

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