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ago/2012

Policiais rodoviários e federais rejeitam reajuste de 15,8%

Paralisação afetará emissão de documentos. Nas estradas PRF não multará motoristas que cometerem infrações

Policiais rodoviários federais em greve advertirão mas não vão multar os veículos irregulares ou motoristas que cometerem infrações nas estradas federais a partir de hoje. Já a emissão de passaporte será afetada com a paralisação dos policiais federais. As duas categorias rejeitaram ontem a proposta do governo de reajuste de 15,8% dividido em três anos.

Segundo a FenaPRF (Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais), será mantido efetivo de 30% nas ruas e nos postos. Os demais policiais vão atender somente ocorrências que envolvam feridos ou mortos. A entidade não soube informar quais postos do Estado do Rio que serão fechados ou terão redução de pessoal.

De acordo com a Fenapef (Federação Nacional dos Policiais Federais), os seguintes serviços vão ficar paralisados: emissão de passaportes, registro de porte de armas, oitivas (relatos de testemunhas) e investigações.

O presidente da Fenapef, Marcos Wink, declarou ontem que durante o processo de negociação os policiais sempre destacaram que não lutavam por reposição de inflação do período: “Estamos há quase três anos negociando o reconhecimento de nossas atribuições e desde o início deixamos claro que não estávamos negociando índice, mas sim a reestruturação da carreira”, disse.

O presidente da FenaPRF, Pedro Cavalcanti, defendeu ontem que a polêmica faixa colocada em posto da PRF com a frase “Posto PRF fechado! Passagem livre para tráfico de drogas e armas: esta é a resposta do governo federal para a segurança pública!” não seria apologia ao crime. Ele afirmou que a faixa é um alerta para a situação crítica da segurança no País.

FIQUE LIGADO

CORTE DE PONTO
Dos 11.495 servidores federais que tiveram o ponto cortado este mês, quase 4 mil são do Rio de Janeiro. O IBGE lidera o ranking.

PESQUISA É AFETADA
Pelo segundo mês consecutivo, a paralisação dos servidores do IBGE afetou a divulgação dos dados da Pesquisa Mensal de Emprego. As informações do Rio e Salvador não foram publicadas.

ESTOQUE DE REMÉDIO
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, negou ontem que a greve dos servidores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) esteja prejudicando o abastecimento de remédios e insumos médicos.

FALTA DE DIESEL
O presidente-executivo do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes, Alísio Vaz, afirmou ontem que a greve na Anvisa já afeta o abastecimento de óleo diesel para postos no Rio de Janeiro e Paraná por demora na liberação dos navios.

Fonte: O Dia

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