A quarta-feira (29/07) foi de grande mobilização e decisões para os Policiais Rodoviários Federais do Espírito Santo. Pela manhã, 100% dos chefes de delegacias entregaram cargos e funções de chefia e 85% dos policiais pediram para retornar às atividades externas, nas rodovias.A ação foi uma represália ao Acórdão do Tribunal de Contas da União (TCU) e orientação do Ministério Público Federal do Distrito Federal (MPFDF) que querem retirar a aposentadoria especial do PRF que desempenha atividades internas, extremamente necessárias e complementares ao trabalho do policial. A adesão foi considerada excelente pelo presidente do Sindicato dos Policiais Rodoviários Federais no Estado do Espírito Santo (SinPRF/ES), Itler Oliveira.
A PRF também luta pela implementação da gratificação de chefia, já aprovada pelo Congresso em 2014, mas que ainda não foi executada pelo governo.
Assembleia Geral da PRF
No período da tarde, foi aprovado, por unanimidade, o estado de greve da categoria, que é a mobilização para a tomada de medidas mais contundentes, caso as negociações não avancem, fazendo sempre o uso progressivo das medidas sindicais. Na prática, isso pode acarretar em paralisação do atendimento de setores administrativos da sede como protocolo, núcleo de multas e acidentes. “Desta maneira, não será possível, por exemplo, entrar com recurso de multa ou indicar condutor infrator”, explica Itler Oliveira.
Outras medidas que também poderão ser implementadas durante o estado de greve são as paralisações no serviço de escolta e batedor de cargas excedentes e o retardamento no fechamento dos boletins de acidente. Ainda na Assembleia, também aprovada por unanimidade, a suspensão e a reconvocação da AGE a qualquer momento, de acordo com as demandas da negociação salarial, e de forma simplificada, por meio de publicação no site ou outros meios eletrônicos.
Com informações do SINPRF/ES