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ago/2012

Policiais rodoviários no Amapá aderem à greve nacional

A categoria reivindica ainda a reposição salarial, pois acumulam perdas desde 2006.

Os policiais rodoviários federais que atuam no Amapá esperam com a greve, conseguir a restruturação da carreira, principalmente, na exigência por um nível superior para quem pretende entrar para a PRF. A categoria reivindica ainda a reposição salarial, pois acumulam perdas desde 2006. O término da paralisação depende do resultado da reunião entre o Ministério do Planejamento e representantes dos sindicatos da Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais (FenaPRF).

A reposição do quadro de pessoal foi apontada pelos grevistas como sendo de maior preocupação. Atualmente existem 10 mil policiais em todo o país para fiscalizar 100 mil quilômetros de rodovia. “A situação pode piorar a partir de 2014, porque a Polícia Rodoviária vai sofrer uma perda de pessoal de aproximadamente 30%, pois muitos serão aposentados”, frisou um grevista que pediu para não ser identificado.

A falta de pessoal para desenvolver um trabalho eficiente já vem sendo sentida há algum tempo. Só no Amapá existem cinco policiais de licença médica. O assunto se agrava com o aumento da frota nacional desde 2006, alcançando o percentual de 70%. Nesse mesmo ano foi realizado o último concurso. O governo tem até o dia 31 deste mês para enviar ao Congresso o orçamento para 2013, no qual deverá incluir a previsão de despesas com os salários dos funcionários públicos.

As operações desenvolvidas no interior do Estado serão afetadas pela greve. O município de Laranjal do Jari é considerado pela Polícia Federal como rota de tráfico. Por meio de embarcações no rio Jari, traficantes de drogas e de produtos roubados tentam adentrar no Amapá e também na cidade vizinha de Monte Dourado, no Pará. A Polícia Rodoviária Federal tem apreendido veículos, contrabando, armas e munições nas últimas investidas contra essas ações criminosas.

A greve nacional por tempo indeterminado é a primeira em toda a história da PRF, criada em 1928. Até o final desta semana, segundo a FenaPRF, 21 dos 24 sindicatos devem aderir ao movimento. Os policiais rodoviários afirmaram estar sendo mantido o percentual de 30% dos servidores para viabilizar os serviços mínimos, nos quais atenderão aos casos de emergência como acidentes.

Fonte: Amapá Digital

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