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fev/2012

Pressão contra o Funpresp

Depois da pressão de funcionários públicos, que fizeram protesto ontem, na Câmara dos Deputados, a 1ª vice-presidente da Casa, deputada Rose de Freitas (PMDB-ES), decidiu adiar a votação da polêmica proposta que cria o Fundo de Previdência Complementar dos Servidores Públicos Federais (Funpresp). Durante a tarde de ontem, manifestantes ficaram no Salão Verde para criticar o projeto. Gritando palavras de ordem, os funcionários públicos federais dizem que a aprovação do fundo só vai beneficiar banqueiros, e não os servidores.

Os manifestantes carregavam faixas com os dizeres “eu sei como você votou no verão passado”, em referência aos governistas que eram contra a iniciativa de previdência complementar para o servidor quando faziam parte da oposição.

A votação do projeto ocorreria em sessão extraordinária, que acabou não sendo realizada por falta de acordo entre os líderes de bancadas. A criação do fundo de previdência complementar é polêmica, pois prevê a limitação das aposentadorias de novos servidores públicos federais até o teto do Regime Geral de Previdência Social (RGPS) – hoje fixado em R$ 3.916,20 – assim como os trabalhadores da iniciativa privada. Para os servidores que ganham acima desse valor, a complementação das aposentadorias seria realizada por meio de contribuição extra para o Funpresp, que capitalizará os recursos responsáveis pelo pagamento das aposentadorias acima do teto.

O líder do governo na Casa, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), disse que havia um acordo para que a matéria fosse votada antes do Carnaval. Diante disso, ele não aceitou a proposta apresentada na segunda-feira, pela oposição, para adiar a votação.

– É importante (votar) para acelerar a votação no Senado, e expliquei ao presidente Marco Maia o porquê do interesse do governo em votar já a matéria. Vamos iniciar a discussão hoje (ontem), e a ideia é terminar, no máximo, até a semana que vem.

O líder do Democratas, Antonio Carlos Magalhães Neto (BA), disse que o partido vai obstruir a votação.

Fonte: Clic RBS

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