PRF é a categoria federal pior remunerada dentre as de nível superior

A Polícia Rodoviária Federal vem ocupando papel de destaque no cenário da segurança pública em nosso país. Apesar de nossas limitações estruturais e de efetivo, o número de prisões e apreensões aumentaram de forma impressionante e a cada feriado prolongado vemos nossos gestores comemorando a redução de acidentes e de mortes nas rodovias federais do país.

Este sucesso é fruto do suor de todos nós, mas até quando conseguiremos manter esses números diante de tamanho descaso do governo federal?

A nossa carreira é uma das mais mal remuneradas de toda a administração pública federal, possuímos também uma das maiores jornadas de trabalho mensal entre todos os servidores públicos, além de sermos a carreira com maior índice de mortes de servidores em serviço.

A queda de nosso poder aquisitivo nos últimos anos é alarmante. Se compararmos a evolução salarial de nossa carreira com o restante do funcionalismo público federal veremos o desprezo com que o governo vem tratando a nossa categoria.

Na tabela abaixo temos um comparativo salarial entre várias carreiras do poder executivo, que demonstra o descaso do governo federal com a segurança pública e a dramática situação financeira que vivemos.

O desrespeito do governo federal com a nossa carreira fica claro ao analisarmos a nossa remuneração inicial. Além de ter sofrido uma redução quando da implementação do subsídio, atualmente ela é semelhante ao que era pago pelo governo em 2006, ou seja, em 8 anos nossa remuneração inicial ficou praticamente estagnada.

Cumpre ressaltar que até junho de 2006 recebíamos adicional noturno e de insalubridade, portanto o salário indicado na tabela para a nossa carreira, na prática era maior (salário inicial R$ 6200,00).

O descaso do governo com nossa categoria também é visto quando analisamos o salário final da carreira PRF.

Abaixo mostramos uma comparação entre a remuneração final de nossa carreira e a dos Técnicos Administrativos em Educação, que evidencia a nossa defasagem salarial e demonstra o quanto determinadas categorias conseguiram evoluir. Os servidores universitários são um exemplo disso e graças a uma intensa e constante mobilização conseguiram o justo reconhecimento do governo.

O momento é de aglutinação, de solidificarmos as bases e construirmos argumentos para uma negociação que se aproxima e que será crucial para definirmos o nosso futuro e o da PRF. Sabemos que nem todos ficaram satisfeitos com os resultados do último embate com o governo, mas é preciso olhar para frente, buscar a união e a conscientização de todos os colegas para que possamos chegar fortes na hora decisiva.

O sistema sindical está atento e já está trabalhando na construção deste alicerce, mas sozinhos pouco podemos fazer, precisamos de todos PRFs, para que não tenhamos apenas orgulho em pertencer, mas sim orgulho de crescer e fazer acontecer, para que a nossa Polícia Rodoviária Federal e seus servidores deixem definitivamente de ser os primos pobres do serviço público federal.

Fonte: SINPRF/RS