12

jul/2012

PRF mobilizada por melhores condições de trabalho

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) realizou na terça-feira (10/07) uma mobilização nacional em prol da reestruturação da carreira intitulada “Dia Nacional dos PRFs”. Policiais foram até Brasília, no Distrito Federal, e realizaram uma manifestação em frente à Esplanada dos Ministérios. Outras ações deverão ser realizadas nos próximos dias e a possibilidade de uma greve não está descartada. Os sindicatos reuniram-se com a classe após a manifestação em Brasília para definir novas estratégias de mobilização.

As delegacias de todo o país funcionaram normalmente, mas alguns policiais utilizaram uma faixa branca no braço como forma de protesto. Esse material foi disponibilizado pelos sindicatos dos policiais de cada região do país, entretanto, o Sindicato dos Policiais Rodoviários Federais de Mato Grosso do Sul (Sinprf/MS) não encaminhou as faixas a tempo para a delegacia de Três Lagoas. Mesmo assim, a mobilização foi aprovada pelos policiais do município.

CARÊNCIAS
De acordo com um policial rodoviário federal do município, que prefere não se identificar, a classe luta por melhores salários, e principalmente, por melhores condições de trabalho. “O mais importante não é o dinheiro, mas sim a reestruturação da polícia”, disse. Destacou ainda que o efetivo é bem menor do que a demanda.

Além do baixo número de policiais, faltam ainda equipamentos para que os trabalhos dos PRFs sejam desenvolvidos com mais eficácia. “Além de tudo, temos tido dificuldades em combater o tráfico de drogas e o contrabando, crimes que são comuns no município por conta das fronteiras”, pontuou o inspetor. A última vez em que Três Lagoas recebeu policiais foi em 2006, mas foi para repor os que haviam sido transferidos e aposentados. “Trabalhamos com o mesmo número de homens há 10 anos, mas a cidade já não é a mesma de 10 anos”, salientou.

O inspetor disse ainda que o aumento do fluxo de veículos, devido ao desenvolvimento expressivo do município, também vem prejudicando o trabalho dos policiais. “Precisamos urgentemente de melhores condições de trabalho para que consigamos atender melhor à população. Não queremos partir para uma greve, mas apenas sensibilizar o pessoal de Brasília para que reestruture a classe”, disse.
Há quatro anos, a PRF aderiu a uma greve nacional que durou cerca de 30 dias no município. As reivindicações eram as mesmas, mas, mesmo após tantos dias parados, nenhuma delas foi atendida pelo governo federal.

Fonte: Jornal do Povo de Três Lagoas

COMPARTILHAR