Radares de velocidade são destruídos em rodovias que cortam Goiás

Somente neste ano, 6 equipamentos foram danificados na BR-060 e BR-153. Segundo polícia rodoviária, presença de barreiras eletrônicas inibe acidentes.

Somente neste ano, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) registrou nas rodovias BR-060 e BR-153, que cortam Goiás, a destruição de seis radares de velocidade. Eles estão localizados entre Anápolis, a 55 quilômetros de Goiânia, e Porangatu, no norte de Goiás. Cinco deles ficam entre Anápolis e Ceres e um entre Ceres e Uruaçu. A polícia acredita que motoristas flagrados pelos aparelhos trafegando acima da velocidade permitida nos trechos são os responsáveis pelos atos de vandalismo.

No ano passado, também foi registrada a destruição de dois radares na BR-060. Estes já foram recuperados.

De acordo com o assessor de comunicação da PRF, Newton Moraes, a presença dos 60 radares e das 44 barreiras eletrônicas instaladas pelo Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (DNIT) inibe motoristas a trafegarem em alta velocidade e, consequentemente, reduz o número de acidentes e mortes. “Os primeiros aparelhos foram instalados em junho do ano passado entre Anápolis e Hidrolândia. Nesse trecho, de janeiro a junho, havia morrido 36 pessoas, de julho a dezembro, esse número caiu para 14”, ressalta.

A PRF também informou que somente no perímetro urbano da BR-153, entre Goiânia e Aparecida, Região Metropolitana, a redução de acidentes foi de 27,4%. O número de feridos também caiu 43,5% e as mortes diminuíram 91,6%. “Nunca passamos um mês sem mortes no perímetro urbano de Goiânia e Aparecida e isso aconteceu no março deste ano. Já neste mês, até esta terça-feira (17), registramos apenas uma morte que foi em decorrência de um atropelamento de ciclista durante a madrugada”, relata Newton Moraes.

Outros benefícios

A presença dos redutores de velocidade também permitiu aumento de fiscalização nas rodovias federais que cortam o estado. “Os redutores de velocidade foram fundamentais para que pudéssemos, a partir daí, também fiscalizar mais. O número de condutores embriagados flagrados aumentou porque as equipes ficaram disponíveis para fiscalizar”, afirma o assessor da PRF.

Além de quebrados, os radares são também roubados. Isso acontece, segundo a PRF, porque o equipamento é caro e fácil de ser comercializado. De acordo com o inspetor Newton Moraes, ao que tudo indica o roubo é praticado pela mesma pessoa que derruba o redutor de velocidade: “Denúncias ainda não comprovadas apontam que os roubos foram praticados por caminhoneiros”.

A colocação dos redutores é indicada pela PRF e acontece em locais onde o fluxo de veículos e o número de acidentes é maior. A polícia rodoviária informou que tem realizado um serviço de conscientização de motoristas para tentar evitar a destruição dos radares.

A assessoria de imprensa do Departamento Nacional de Infraestrutura de Trânsito (Dnit) informou que a empresa responsável pela manutenção e operação dos equipamentos vai efetivar medidas de proteção em virtude das destruições ocorridas.

Fonte: Marataízes