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maio/2012

Sergipe relança campanha do desarmamento

Sensibilizar toda a sociedade, tanto na capital quanto no interior do estado para retirar de circulação o maior número de armas de fogo possível e contribuir para a redução da violência. Esse é o objetivo do Governo do Estado que relançou no último sábado, 5, no Ginásio Roberto Simonsen do Sesi, no bairro 18 do Forte, a Campanha do Desarmamento 2012. Além de contribuir para a redução da violência, o cidadão que devolver sua arma também recebe uma gratificação.

Os postos de entrega são sede da Polícia Federal, localizada na Avenida Augusto Franco 2260, no bairro Siqueira Campos em Aracaju; delegacias da Polícia Civil no interior do estado e no posto de fiscalização da Polícia Rodoviária Federal. “Antes era necessária a identificação da pessoa que faria a entrega da arma, hoje não é necessário mais fazer essa identificação. É suficiente pegar na Polícia Federal uma Guia de Trânsito, fazer a entrega em um dos pontos cadastrados e digitar uma senha de quatro dígitos para que possa receber a indenização no Banco do Brasil. O valor da indenização varia entre R$ 100 e R$ 300 a depender da potência do armamento”, orientou o delegado regional da PF, Sidney Atis.

Para o coordenador do Comitê do Desarmamento, Fábio Costa, a Campanha tem sido vitoriosa. “Estamos dando a continuidade para esta Campanha porque acreditamos na conscientização de todos.  Uma arma que se tira da rua, está salvando vidas. A arma só tem uma finalidade, a de matar e isso nós não podemos admitir. Precisamos somar esforços. Eu só tenho a agradecer a todos que tem dado apoio a causa como a SSP, Sedhuc e tantos outros pareiros. Quem tiver uma arma em casa ou conheça alguém, vá aos postos e entregue estas armas”, alertou Fábio.

Para o secretário de Estado dos Direitos Humanos (Sedhuc), Luiz Eduardo Oliva, todos precisam abraçar essa causa. “A arma em nada protege. O grande ingrediente de um bandido é saber que poderá levar consigo mais uma arma para efetivar seus crimes. A cultura da paz só terá sentido se conseguirmos como cidadãos de bem desarmar a nós mesmos. Está mais do que na hora de acabar com esta terrível mancha de nosso país, vamos fazer a nossa parte”, alertou Oliva.

O evento contou com o depoimento emocionante de Adriana Machado, presidente da Associação dos Amigos e Familiares dos Anjos de Realengo, que relatou ao público presente sobre a sua dor em perder uma de suas filhas na Escola Tarso da Silveira, em 2011, no trágico atentado acontecido em Realengo (RJ). Na época, vários meninos e meninas foram assassinados por um maníaco dentro da escola.

“Perdi minha filha por R$ 250 reais. Esse é o valor da arma que tirou a vida dela. Mas a vida dela não tinha preço. Carregarei por toda a vida a dor de não tê-la mais, mas ao invés de ficar indiferente e descrente eu estou aqui para dizer que temos que juntos abraçar essa campanha. Que geralmente morre é um inocente e não há proteção nenhuma só perda e sofrimento. Essas armas que muitas pessoas de bem compram geralmente caem nas mãos de bandidos que as usam de forma criminosa, só está contribuindo para o aumento da violência”, finalizou Adriana.

Fonte: Plenário

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