Na tarde desta quinta-feira, 09, às 16h a BR-153, na altura do Posto da Polícia Rodoviária de Paraíso do Tocantins teve seu fluxo de tráfico paralisado por servidores federais em manifestação grevista por melhores salários e condições de trabalho.
Na oportunidade centenas de manifestantes da UFT, IFTO, INCRA, FUNAI, IBGE, ANVISA, DNPM, ANATEL, PRF, Ministério da Saúde e Militantes do MST e MAB, com apoio da CUT, SINPRF e do SINTSEP denunciaram a política do governo de congelamento salarial imposta ao funcionalismo federal: à terceirização ilícita e desordenada; ao uso político-partidário da administração pública; à precarização e desmonte do serviço público; e aos ataques do governo, que atenta contra o movimento dos servidores federais.
Os funcionários federais reivindicam
1-Reposição das perdas salariais dos últimos anos. No caso do INCRA e DNPM, a equiparação salarial com carreiras do Ministério da Agricultura e agências reguladoras, respectivamente;
2-Melhores condições de trabalho, aumento do efetivo e estruturação das carreiras;
3-Data Base para reposição da inflação, para que não sejam necessárias futuras greves, com o objetivo de garantir o poder de compra do servidor;
4 – Melhoria da infraestrutura dos órgãos em estado de precarização;
5-Revogação imediata das propostas legislativas que retie direitos dos servidores ou contrários aos direitos dos povos indígenas e assentados;
6-O setor da Educação defende ainda destinação de 10% do PIB para a Educação.
A decisão do fechamento da rodovia foi tomada durante reunião conjunta realizada nesta terça (07), no Sindicato dos Policiais Rodoviários Federais no Tocantins (SINTPRF-TO) em Palmas.
A ação foi realizada hoje (09), das 16hs às 18hs, nos Postos da Polícia Rodoviária Federal (PRF), próximos às cidades de Gurupi, Paraíso e Guarai no Estado do Tocantins. Os manifestantes fizeram panfletagem junto aos usuários da rodovia. Segundo o Comando Unificado dos Servidores Federais no Tocantins, a ideia é trazer, ao conhecimento dos transeuntes, as razões que motivaram a greve nacional e generalizada dos servidores federais e da educação. A medida faz parte das atividades do movimento grevista unificado do funcionalismo federal.
A greve dos servidores federais é nacional e acontece em conformidade com orientações dos Sindicatos, Federações e Confederações nacionais de cada setor. O setor da Educação estará representado por Docentes e Técnico-Administrativos da Universidade Federal do Tocantins (UFT) e do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Estado do Tocantins (IFTO).
Pelas agências reguladoras, estarão presentes os servidores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), da Agência Nacional das Telecomunicações (ANATEL). Também participam os servidores da Fundação Nacional do Índio (FUNAI), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e do Ministério da Saúde.
Do setor agrário, participam os servidores do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), que contam com o apoio do Movimento dos Sem Terras (MST) e do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB).
O Ato ainda conta com o apoio e participação da Central Única dos Trabalhadores (CUT) do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Federal no Tocantins (SINTSEP-TO), além dos Policiais Rodoviários Federais (PRF), com greve anunciada para o dia 16 de agosto.
Atividades paradas
Os serviços estão paralisados em 59 Universidades Federais. A greve atinge também 39 Institutos Federais em 26 estados. No IBGE, cerca de 60% das 580 unidades estão com suas atividades detenças. Na FUNAI estão paradas 15 unidades regionais em 10 estados, além de 14 unidades locais, da sede do órgão e do museu do índio. O DNPM está com seus trabalhos interrompidos em 26 estados da federação. No INCRA estão paralisadas 28 superintendências.