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set/2013

Câmara veta faixas e cartazes para aumentar a segurança do Legislativo

Além de reduzir a 20% o número de pessoas que costumava acompanhar votações importantes, a Mesa Diretora decidiu proibir a entrada de visitantes com banners

Preocupada com o risco de invasões, tumultos e depredação do patrimônio, a Câmara dos Deputados exagerou na precaução e decidiu inibir até mesmo as manifestações pacíficas. Além de restringir o número de pessoas que entram no prédio para acompanhar as votações, conforme o Correio adiantou no último domingo, ato da Mesa Diretora proíbe que visitantes exibam cartazes, banners e faixas nas dependências da Casa Legislativa.

As restrições de acesso ao prédio começaram a ser postas em prática há três semanas, quando a Casa foi invadida por manifestantes, expondo a fragilidade da segurança. Ontem, o número de pessoas autorizadas a entrar já foi menor — além dos policiais legislativos, policiais militares ajudaram a controlar a entrada de ativistas e visitantes. A restrição, de acordo com o primeiro-secretário da Câmara, deputado Márcio Bittar (PSDB-AC), é para enquadrar a Câmara no limite de segurança estipulado pelo Corpo de Bombeiros — 2 mil pessoas, excluindo funcionários, parlamentares e credenciados. O número representa apenas 20% do total de visitantes que costumavam circular pelos corredores e gabinetes nos dias mais movimentados. No ato, ficou estipulado que só será permitida a entrada de, no máximo, 1.770 pessoas, somando a capacidade de cada ala do prédio. Nas galerias do plenário e na área central, onde fica o Salão Verde, por exemplo, só poderão circular 200 visitantes. Em algumas manifestações recentes, o número de ativistas nesses locais passou de 700.

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